Planos da NASA Para Casas Lunares São Desenhados no Brasil

Olá leitor!

Segue abaixo uma curiosa notícia postada ontem (15/06) no “Portal TERRA” destacando que planos da NASA para casas lunares são desenhados no Brasil.

Duda Falcão

ESPAÇO

Planos da NASA Para Casas Lunares
São Desenhados no Brasil

Portal Terra
EFE
15 jun 2017 - 10h38

O capitão Williams entra na câmara de despressurização após ajustar um dos painéis solares que abastece a cidade lunar. Enquanto tira o traje espacial, seu companheiro se exercita em outra cabine para a sua viagem a Marte e o comandante Smith revisa os níveis de oxigênio na estufa.

Assim seria a vida na futura colônia que a NASA (agência espacial americana) planeja construir em uma cratera do satélite terrestre e cujos planos foram desenvolvidos por 14 universidades de todo o mundo, entre elas a Faculdade de Engenharia de Sorocaba (FACENS), no estado de São Paulo.

Após cinco meses de intenso trabalho, 14 alunos e três professores desta universidade, que faz parte do programa SEE (Experiência de Exploração Simulada), foram os encarregados de traçar e calcular com dados reais quatro módulos para hospedar 16 astronautas.

"A ideia é simular e modelar o que realmente a NASA pretende construir na Lua daqui a alguns anos", explicou à Agência Efe a responsável pelo projeto, Andréa Braga.

Com uma superfície total de 1.835 metros quadrados, cada módulo de hospedagem está composto por dormitórios, banheiros, sala de recreação, escrivaninha e sala de máquinas, de onde seriam controlados os parâmetros como oxigênio, pressão, energia e água, entre outros.

"O formato é arredondado justamente porque fisicamente resiste melhor às altas pressões. As paredes seriam feitas com várias capas de materiais diferentes e resistentes para suportar essa diferença de pressão", explicou o professor André Breda Carneiro.

A cidade lunar não está concebida para a existência de esquinas, pois estas acumulariam uma pressão com o tempo que acabariam por ceder provocando o colapso da base.

Os módulos "estão hermeticamente fechados" e para entrar é necessário passar por uma sala de "despressurização", que compensaria a diferença de pressão entre o interior da casa, com ar respirável, e a praticamente ausência de pressão lunar.

A segurança foi outro dos aspectos importantes na hora de desenhar os planos, já que na Lua há uma ausência praticamente total de atmosfera.

"Na Lua não temos a proteção natural que a atmosfera da Terra nos dá. Se cair na Terra um meteorito, ele será é incinerado pela atmosfera, mas na Lua não ocorre isto", alertou Carneiro, acrescentando que, em caso de um eventual impacto, um sistema de portas automáticas isolaria cada módulo para evitar a destruição completa da base.

Viver no espaço durante longos períodos também afeta o corpo e, por isso, em cada módulo haveria uma academia, já que em condições de gravidade reduzida - que na Lua é um sexto da gravidade da Terra - "o ser humano sofre uma forte perda de cálcio", daí a importância de "manter a estrutura muscular", afirmou Carneiro.

Cada uma das partes do projeto, que também inclui um ponto de decolagem de naves, veículo para se mover pela superfície, estufa e torre de transmissão, todos eles desenvolvidos por novas universidades, foi monitorada por funcionários da NASA.

"Todas as quartas-feiras tínhamos uma reunião com engenheiros da NASA e o resto das universidades. Tínhamos até um grupo de WhatsApp, são bem acessíveis", relatou o estudante Daniel Braga.

A cidade lunar foi concebida precisamente para futuros lançamentos de missões tripuladas a outros planetas, como Marte, porque no satélite "a saída é mais rápida e se gasta menos combustível" por quase não ter atmosfera, destacou o professor.

No entanto, mais preocupantes parecem as motivações para ir ao planeta vermelho, pois já há uma empresa com planos para extrair os minerais dos asteroides e de outros corpos celestes e, no caso de Marte, transborda um item imprescindível para a construção de microchips: o silício.

"Aqui na Terra há certa dificuldade com as provisões de silício, cada vez é mais escasso. Em Marte não existe esse problema, o silício sobra", comentou o docente perante a preocupação de alguns alunos como Daniel, que espera que o planeta vizinho "não seja tratado da mesma maneira" que a Terra.

Após apresentar perante a NASA, nos Estados Unidos, o projeto de habitações lunares, a FACENS pretende participar em 2018 do novo projeto do programa SEE, que, segundo Andréa Braga, poderia ter algo a ver com Marte, ainda que não haja confirmação oficial.

Por enquanto, os planos da NASA são os de começar a construir a base na Lua em 2025 e cinco anos depois dar outro grande salto para a humanidade e pisar pela primeira vez no Planeta Vermelho.


Fonte: Portal Terra - 15/06/2017 - http://noticias.terra.com.br/

Comentário: Pois é, veja onde poderíamos está hoje caso o Programa Espacial tivesse sido conduzido com seriedade e comprometimento desde o fim do Governo Sarney. Uma pena, mas quem planta colhe e é o que estamos colhendo agora.

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