Tecnologias do INPE Contribuíram Para Queda do Desmatamento da Amazônia desde 2004
Olá leitor!
Segue agora uma nota postada hoje (06/10) no site do Ministério
da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), destacando que tecnologias
do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) contribuíram para queda do
desmatamento da Amazônia desde 2004.
Duda Falcão
NOTÍCIAS
Tecnologias do INPE Contribuíram Para Queda
do Desmatamento
da Amazônia desde 2004
Versão mais eficaz do sistema Deter detecta ocorrências
de desmatamento
em tempo real. Alertas diários sobre corte raso,
mineração ilegal e incêndios
florestais são enviados para o Ibama para orientar as
operações em campo.
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 06/10/2016 | 14:55
Última modificação: 06/10/2016 | 15:04
Crédito: Observatório do Clima
Fonte de emissões de gases de efeito estufa, o
desmatamento
das florestas exige o constante aprimoramento das
tecnologias de
monitoramento.
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Fonte de emissões de gases do efeito estufa, o
desmatamento das florestas exige o constante aprimoramento das tecnologias de
monitoramento. No Brasil, este esforço, capitaneado pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), contribuiu para uma redução das taxas de
desmatamento na Amazônia Legal de 78% desde 2004. Vinculado ao Ministério da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o INPE desenvolveu uma
versão ainda mais eficaz do Deter – sistema capaz de detectar o desmatamento
praticamente em tempo real.
A nova ferramenta identifica ocorrências em polígonos
superiores a 6,25 hectares a partir de dados de satélite com 60 metros de
resolução. Com ela, o INPE consegue captar corte raso, áreas de mineração
ilegal e cicatrizes de incêndios florestais para gerar alertas diários que
orientam a fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA).
"Denúncias na Amazônia são muito difíceis. Nossa
câmera tem 60 metros de resolução em cinco dias de repetitividade. Geramos
dados diários com impacto muito grande em políticas de controle do desmatamento
na região. Nós percebemos que toda a capacidade de operação, principalmente do
IBAMA, melhorou bastante, tornou-se mais eficiente com esse serviço",
avalia o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia do INPE, Dalton
Valeriano.
Segundo ele o INPE está sempre buscando aperfeiçoar o
sistema de monitoramento do desmatamento na região amazônica. "O paradigma
novo é procurar monitoramentos contínuos, utilizando muitos satélites, descendo
para uma terceira instância de 30, 20 metros de resolução aliado à redundância
das imagens", explica o pesquisador.
Ele acrescenta que a tecnologia está evoluindo para o uso
de "constelações de satélites". "Vamos passar a ter acesso a
dados produzidos pela Agência Espacial Europeia, com resolução de 10 metros e
repetitividade de dez dias. Há companhias comerciais que já falam que, na
virada de 2019 para 2020, o mundo inteiro será coberto com resolução de até um
metro diariamente com cinco, seis satélites operando simultaneamente", diz.
PRODES
Outra tecnologia é o Projeto de Monitoramento de
Desmatamento da Amazônia Legal (PRODES), que realiza a coleta de imagens de
toda a região a cada dois dias. "A faixa é de 2,2 mil quilômetros a cada
dezesseis dias, voltando, então, na mesma órbita", detalha Valeriano.
Ele esclarece que, desde 2005, o monitoramento não é mais
anual, e a Amazônia passou a ser vista diariamente com alta resolução.
"Depois disso, o desmatamento começou a despencar. Antes de 2005, temos
registros de até 27 mil quilômetros quadrados por ano. A partir de 2007, esse
valor atingiu 11 mil km2, chegando a 6 mil, no período de agosto de 2014 a
julho de 2015."
Os dados do PRODES, produzidos desde 1988, subsidiam as
políticas públicas do governo brasileiro para o setor.
"Em geral estamos bastante avançados. O INPE é muito
respeitado pela comunidade científica de sensoriamento remoto internacional e
as comunidades de meio ambiente e engenharia planetária de controle do efeito
estufa. O Brasil atua na ponta", diz Valeriano.
Fonte: Site do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação
e Comunicações (MCTIC)
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