UnB Desenvolve Projeto de Propulsor Iônico Para Plataformas Cubesats

Olá leitor!

Na notícia em inglês que publiquei ontem (29/11) sobre o contrato assinado entre a empresa americana Phase Four LLC e o DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency) visando o desenvolvimento de um propulsor para plataformas cubesats, disse em meu comentário que seria muito bom se no Brasil alguma universidade, instituto de pesquisa ou empresa abraçar-se a ideia de desenvolver no país também um projeto como este, pois assim permitiria que pudéssemos sonhar em desenvolver pequenas sondas espaciais com estas plataformas cubesats para pesquisas além da órbita terrestre e até mesmo de espaço profundo.

Pois bem, acontece leitor que eu havia esquecido de que segundo notícia da AEB publicada em 24 de abril deste ano (veja aqui), a Universidade de Brasília (UnB), através do programa “Ciência Sem Fronteiras Espacial (CsF Espacial)” trouxe ao país o pesquisador “Stephen Gabriel”, professor da Universidade de Southampton, na Inglaterra, para em parceria com o Dr. Paolo Gessini (professor adjunto da UnB), este de origem italiana, desenvolver no Campus Gama da UnB pesquisas na área de propulsão elétrica espacial.

Prof. Stephen Gabiel

Segundo foi divulgado na época, este projeto que terá a duração de três anos, será desenvolvido no laboratório do Campus Gama (laboratório a ser montado até o final deste ano) e os protótipos de propulsores programados para serem testados em 2016 e 2017.

Na realidade o estudo desses pesquisadores estará relacionado ao uso dos cátodos ocos (dispositivos que fornecem de forma eficiente alta densidade de corrente de elétrons) para assim gerar protótipos de um propulsor com potência de 100 watts visando serem utilizados em nanossatélites e cubesats, colocando assim o Brasil entre os países de vanguarda nesta área.

Dr. Paolo Gessini
O Blog BRAZILIAN SPACE vai ficar na torcida para que esta iniciativa possa realmente dar em algo de concreto e que a tecnologia do propulsor desenvolvido possa então ser transferida para uma empresa 100% nacional, repito, 100% nacional e nada menos do que isto.

Entretanto, enquanto isso não acontece vocês que fazem parte de algum grupo de pesquisa universitário, ou de algum instituto de pesquisa no Brasil trabalhando num projeto de satélite ou sonda baseada em plataformas cubesats e precisam de um propulsor deste tipo, antes de buscarem uma opção estrangeira, entrem em contato com a UnB e vejam a possibilidade desta universidade fornecer o propulsor para o seu projeto.

É preciso que se haja o entendimento no Brasil de que Programa Espacial é feito de forma conjunta com o envolvimento de varias áreas do conhecimento humano, e se existe uma coisa que não contribui em nada para o desenvolvimento nesta área é justamente o egocentrismo, algo que parece vem crescendo assustadoramente entre os pesquisadores brasileiros, muito talvez gracas ao caos que se estabeleceu no programa desde a chegada dos desgovernos civis.

Vale lembrar para os esquecidos que a maior aventura da humanidade só foi possível graças aos esforços conjuntos de quase 200 mil americanos, profissionais de diversos seguimentos do conhecimento humano que durante o Projeto APOLLO trabalhando por sete anos consecutivos colocaram em 1969 o homem na superfície da LUA.

Duda Falcão

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