Satélite CBERS-4 Será Lançado Neste Domingo
Olá leitor!
Segue abaixo uma nota publicada hoje (04/12) no site do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), tendo como destaque o horário
do lançamento do Satélite CBERS-4 previsto para o este Domingo.
Duda Falcão
Satélite CBERS-4 Será Lançado Neste Domingo
Quinta-feira, 04 de Dezembro de 2014
O lançamento do CBERS-4 a partir do Taiyuan Satellite Launch Center, na
China, está previsto para 1h26 (no horário de Brasília; 11h26 em Pequim) deste
domingo (7/12).
Áudio do evento será transmitido ao vivo por meio do link
www.lit.inpe.br/aovivo
Direto da China, todas as etapas do lançamento do
satélite sino-brasileiro serão informadas pelo diretor do INPE, Leonel Perondi,
e pelo coordenador do segmento espacial do Programa CBERS, Antonio Carlos de
Oliveira Pereira Junior, ao chefe do Centro de Controle e Rastreio, Pawel
Rozenfeld, e demais especialistas do INPE.
Programa CBERS
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é o
responsável no Brasil pelo Programa CBERS (sigla em inglês para China-Brazil Earth Resources Satellite),
realizado em parceria com a China para o desenvolvimento de satélites de
observação da Terra.
O CBERS-4 é o quinto satélite do Programa CBERS, exemplo
bem-sucedido de cooperação em alta tecnologia e um dos pilares da parceria
estratégica entre o Brasil e a China.
O lançamento do CBERS-4, inicialmente programado para
dezembro de 2015, foi antecipado em um ano devido à falha ocorrida com o
foguete chinês, que causou a perda do CBERS-3, em dezembro de 2013. Antes,
foram lançados com sucesso o CBERS-1 (1999), CBERS-2 (2003) e CBERS-2B (2007).
A antecipação significou um desafio a mais para as
equipes do Brasil e da China, que demonstraram ampla competência na preparação
do CBERS-4 em conformidade com as rígidas especificações técnicas de um projeto
espacial desse porte.
As atividades iniciaram em janeiro com o envio para a
China da estrutura de carga útil do satélite, que antes estava no Laboratório
de Integração e Testes (LIT) do INPE, em São José dos Campos (SP).
Além dos processos de montagem e integração, a
impossibilidade de conserto em órbita tornam imprescindíveis os rigorosos
testes para simular em Terra todas as condições que o satélite irá enfrentar
desde o seu lançamento até o fim de sua vida útil no espaço.
Satélites de sensoriamento remoto são uma poderosa
ferramenta para monitorar o território de países de extensão continental, como
o Brasil e a China. As imagens obtidas a partir dos satélites da série CBERS
permitem uma vasta gama de aplicações – desde mapas de queimadas e
monitoramento do desflorestamento da Amazônia, da expansão agrícola, até
estudos na área de desenvolvimento urbano.
O CBERS também é importante indutor da inovação no parque
industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios
do programa espacial. A política industrial adotada pelo INPE permite a
qualificação de fornecedores e contratação de serviços, partes, equipamentos e
subsistemas junto a empresas nacionais. Assim, além de exemplo de cooperação
binacional em alta tecnologia, o CBERS se traduz na criação de empregos
especializados e crescimento econômico.
Graças à política de acesso livre às imagens, uma
iniciativa pioneira do INPE, as imagens do CBERS são distribuídas gratuitamente
a qualquer usuário pela internet, o que contribuiu para a popularização do
sensoriamento remoto e para o crescimento do mercado de geoinformação
brasileiro.
O INPE distribui cerca de 700 imagens por dia para centenas
de instituições (mais de 70.000 usuários) ligadas a meio ambiente, uma
contribuição efetiva ao desejado cenário de responsabilidade ambiental - um dos
grandes desafios deste século.
O satélite está equipado com sofisticado conjunto de
câmeras, com desempenhos geométricos e radiométricos melhorados em relação aos
CBERS-1, 2 e B. São quatro câmeras: Imageador de Amplo Campo de Visada (WFI),
Imageador de Média Resolução (MUX), Imageador Infravermelho (IRS) e Imageador
de Alta Resolução (PAN).
Uma importante inovação consiste na MUX, a primeira
câmera para satélite inteiramente desenvolvida e produzida no Brasil. Com 20
metros de resolução e multiespectral, a MUX câmera registra imagens no azul,
verde, vermelho e infravermelho, em faixas distintas. Essas bandas espectrais
têm funções bem calibradas visando seu uso em diferentes aplicações,
principalmente no controle de recursos hídricos e florestais.
Projeto espacial dos mais sofisticados realizados no
país, a MUX exigiu análises minuciosas e rigorosas, pois a câmera precisa
suportar o tempo de vida necessário no ambiente hostil do espaço.
O histórico da cooperação espacial com a China, detalhes
sobre o satélite e suas câmeras, exemplos de imagens e outras informações estão
disponíveis nas páginas:
Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE)
Comentário: Pois é leitor, agora só restar aguardar e torcer. Avante CBERS-4.
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