Ministro Campolina Assina Acordo de Colaboração Espacial Com a China

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada hoje (10/12) no site da Agência Espacial Brasileira (AEB) destacando que o Ministro Campolina assinou Acordo de Colaboração Espacial com a China.

Duda Falcão

Ministro Campolina Assina Acordo de 
Colaboração Espacial Com a China

Foto: Divulgação/MCTI
Delegação brasileira em visita a Corporação Chinesa de
Ciência e Tecnologia Aeroespacial (Casc).

Brasília, 10 de dezembro de 2014  O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, assinou carta de intenções com a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês) ontem (9), antes de embarcar de volta ao Brasil.

“Assinamos um acordo de colaboração para os próximos dez anos”, disse o ministro. “A partir dele, vamos discutir as etapas técnicas e os cronogramas das futuras atividades. Há um desejo mútuo de continuar trabalhando junto”.

Segundo ele, a carta de intenções abre possibilidade de desenvolver um programa conjunto de foguetes lançadores – atividade dominada pela Corporação Chinesa de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (CASC, na sigla em inglês), cuja sede o ministro conheceu na segunda-feira (8). “Na cooperação atual, o Brasil trabalha mais com o satélite, enquanto a CASC se encarrega, na China, de toda a preparação do veículo lançador”, explicou Campolina.

Na sede da CNSA, em Pequim, o ministro viu imagens do satélite CBERS-4, lançado domingo (7), da base de Taiyuan, de onde o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) já realiza testes de câmeras.

Encontro - No país asiático desde quinta-feira (4), Campolina também se encontrou com o ministro chinês da Ciência e Tecnologia, Wan Gang, na segunda-feira (8), quando os gestores discutiram pautas comuns. Gang esteve no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em agosto de 2012.

“Tivemos uma longa conversa sobre nossas agendas comum. Estamos programando o 2º Diálogo de Alto Nível Brasil–China em Ciência, Tecnologia e Inovação, a ser realizado em Brasília, no primeiro semestre de 2015″, informou Campolina.

Ocorrida em 2011, em Pequim, a primeira edição do Diálogo de Alto Nível abordou parcerias em agricultura, energias renováveis, nanotecnologia, segurança alimentar e tecnologias da informação.

“Agora, estamos discutindo os temas mais relevantes da cooperação, como a área espacial, a presença de empresas chinesas no Brasil, a exemplo da Baidu e da Huawei; os convênios entre universidades dos dois países e o programa Ciência sem Fronteiras”, disse.

Campolina recordou o entendimento firmado entre a presidenta Dilma Rousseff e o presidente chinês, Xi Jinping, em visita oficial ao Brasil, em julho último, para ampliar a participação do país asiático no programa de mobilidade acadêmica. “Neste momento, temos 253 alunos aqui, com intenção de aumentar o número. As universidades chinesas estão muito bem preparadas. Encontramos pessoas falando e dando curso em inglês. Então, não há dificuldade de inserção dos estudantes. E eles têm muita fronteira de pesquisa”, observou o ministro.

Diálogo - Ontem (9), Campolina também participou de reunião na Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês). “Fizemos uma longa discussão dos interesses comuns. Eles nos apresentaram suas atividades e abordamos iniciativas brasileiras, como o Programa Nacional de Plataformas do Conhecimento”, disse. “Convidamos a entidade para o Diálogo de Alto Nível no Brasil e planejamos, inclusive, discutir a colaboração Sul-Sul”, informou. “Ou seja, além da parceria bilateral, estamos querendo estender algum tipo de serviço para a América Latina e a África, como imagens de satélite”.

Também ontem, Campolina conheceu o centro de demonstração de soluções da Huawei em Pequim. O ministro lembrou que a companhia doou parte dos equipamentos dos Centros de Dados Compartilhados (CDCs) de Manaus e Recife, em parceria dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). “A empresa ainda tem um centro em Sorocaba (SP), para o qual avisaram que devem aumentar os investimentos em pesquisa”, informou.

A missão brasileira à China começou na sexta-feira (5), em Xinhui, quando Campolina visitou o estaleiro que desenvolve o navio hidroceanográfico Vital de Oliveira, que integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (INPOH). De lá, a delegação seguiu para Taiyuan, onde acompanhou o lançamento do CBERS-4 e se deslocou para Pequim, onde cumpriu agenda nos dois últimos dias.

Acompanharam o ministro o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, o diretor geral do INPE, Leonel Perondi, o ex-ministro de C&T, Marco Antonio Raupp, e o diretor de Planejamento, Orçamento e Administração da AEB, José Iram Mota Barbosa.


Fonte: Agência Espacial Brasileira (AEB)

Comentário: Pois é até mesmo o Raupp que não tem mais nada haver com essa história participou do circo montado para acompanhar o lançamento do CBERS-4 na China, e tudo isto às custas do erário publico brasileiro. Uma vergonha. Quanto às notícias só balela, nada de concreto e sem compromisso nenhum leitor, talvez só mesmo a continuação do Programa CBERS e olhe lá, escreva o que eu estou dizendo. Aproveitamos para agradecer ao leitor Brehme de Mesquita pelo envio dessa notícia.

Comentários

  1. Reitero minha dúvida se a essa altura esse projeto CBERS é realmente a melhor das alternativas. Que o Brasil precisa de satélites desse tipo, não resta dúvida, mas a questão é: esses satélites antigos e ultrapassados são a melhor opção de custo/benefício para gastar o NOSSO dinheiro ???

    E para completar, tomara mesmo que não venha nada de lá em relação aos lançadores, pois eles fazem uso da mesma tecnologia de combustível daquele trambolho tóxico ucraniano, do qual por linhas tortas, parece que conseguimos nos livrar. Só faltava agora, dar essa volta toda e querer lancar o mesmíssimo trambolho tóxico daqui, só que agora "made in China".

    Se o Brasil fosse um pais realmente comprometido com a preservação do meio ambiente, faria o caminho inverso, usando a China apenas como fornecedor complementar dos equipamentos que não fosse capaz de produzir localmente e buscaria uma alternativa menos poluente para lançar os nossos satélites, no caso, devido ao histórico, a Agência Europeia seria uma possibilidade. Mas aí já entra a questão política e... Melhor deixar pra lá. Que sofram os chineses e seus vizinhos com esses lançamentos super poluidores.

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    1. Caro Marcos!

      Não sei de onde você tirou a ideia de que o CBERS-4 é ultrapassado, já lhe disse que isso não é verdade. O satélites chineses que você usa com exemplo para defender essa teoria sem sentido não são mais avançados, apenas tem uma concepção diferente devido a objetivos diferentes, nada mais do que isso. Além do mais se não fosse o Programa CBERS as empresas brasileiras participantes do projeto já teriam fechado as portas e a situação do PEB hoje seria extremamente pior. Graças ao CBERS o Brasil desenvolveu tecnologias que hoje dominamos. Poderia ter sido melhor? É claro que sim, como também o VLS-1 hoje poderia já ser uma realidade, mas esta é uma outra história.

      Quanto a sua visão sobre a possibilidade de parceria com o chineses com relação a veículos lançadores (apesar de não acreditar nesta possibilidade) concordo integralmente contigo não só pela questão ambiental, mas principalmente pela falta de foco. Entretanto precisamos de maiores informações para podermos fazer uma avaliação com mais procedência.

      Vale dizer entretanto que, por exemplo, um projeto conjunto de desenvolvimento de um motor-foguete líquido verde mais poderoso que o L75 seria algo muito interessante se fosse realizado, ou mesmo a participação brasileira na futura missão robótica chinesas a Marte, enfim projetos que pudessem realmente beneficiar há ambos os países, mas tudo isso são apenas conjecturas e mesmo que os objetivos sejam mais modestos, com o governo sem compromisso que temos, não passam de pura fantasia que se arrastarão por décadas ou até os chineses caírem na real.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Caro Duda, como já disse antes, em certos assuntos, concordamos em discordar...

      Você afirma que "a teoria sem sentido que eu defendo, não é verdadeira".

      Bom, você deve ter suas fontes, mas depois de me debruçar sobre o assunto para documentar as plataformas de satélites, para mim ficou claro que a China executa uma campanha constante de desinformação. Estrategicamente, eles só divulgam o que interessa a eles, e de resto fazem uma confusão tamanha que confundem até os especialistas americanos que são os que mais os investigam.

      De qualquer forma, estou falando aqui de "satélites de concepção diferente" sim, mesmo porque ocorreram em épocas diferentes, porém, bem ou mal, TODOS eles são identificados como satélites de sensoriamento remoto, quer para fins civis quer para fins militares:

      Analisando os dados e constatando que os chineses só utilizaram a plataforma que desenvolveram para o CBERS em apenas UM dos satélites deles, abandonando-a logo em seguida. EU, só consigo concluir que na opinião DELES que projetaram aquela plataforma, eles já tem disponível coisa melhor, e não precisam mais dela.

      Estou incluindo mais adiante, a lista dos artigos em ordem cronológica, onde se pode constatar o FATO, de que ELES não só abandonaram aquela primeira geração de satélite de sensoriamento, como estão usando não só plataformas de satélite como também cargas úteis (instrumentação) mais sofisticadas que as usadas na série CBERS, e PARA MIM, também fica óbvio que eles não tem o menor interesse em repassar tecnologia mais atual para outros países, da mesma forma que as demais potências espaciais.

      Bom, não pretendo discutir mais sobre esse assunto: você tem a sua opinião e eu tenho a minha, como já disse, concordamos em discordar nesse assunto.

      Seguem as referências sobre as três gerações de plataformas de satélites de sensoriamento chineses, para quem se interessar em esmiuçar ainda mais o assunto:

      CBERS 1, 2, 2B / ZY-1 01, 02, 02B (Primeira Geração)
      ZY-2 01, 02, 03 (JB-3 1, 2, 3) (Segunda Geração)
      Yaogan 5, 12, 21 (JB-8 1, 2, 3 ?) (Terceira Geração)

      Abs.

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    3. Olá Marcos!

      Já lhe disse uma vez e vou repetir novamente. Tecnologia de satélites não se mede da forma que você colocou. O fato desses satélites serem de sensoriamento remoto, não significa exatamente que tenha os mesmos objetivos. Vamos começar pelo que você chamou de primeira geração, a mesma onde o CBERS está incluído. Esta geração são de satélites de monitoramento ambiental, ou seja, suas aplicações são na área de monitoramento da vegetação (florestas), agricultura, meio ambiente, na cartografia, geologia e solos e também na educação, já que gera material de apoio as atividades educacionais em geografia, meio ambiente, e outras disciplinas. Para tanto utiliza-se de sensores e câmaras específicas de média e alta resolução (amplo campo de visada) que tem avançado e muito desde que o Programa CBERS foi lançado, tanto no Brasil, como na China.

      Já o que você chamou de segunda geração são satélites de observação militar, ou seja, de observação da terra, mas com objetivos militares, onde se exige outro tipo de câmeras e sensores específicos para o objetivo determinado pelo país que o construiu. Uma espécie de satélite espião onde normalmente são usadas câmaras capazes (dependendo do nível de desenvolvimento do país) de enxergar até mesmo as feições de uma pessoa em solo. Este específico sistema de satélites (pelo material que você enviou) foi o primeiro sistema com este objetivo criado pela China que tinha resolução de 2 m.

      Quanto ao que você chamou de terceira geração é o sistema de satélites que veio substituir o primeiro, tendo os mesmo objetivos militares. Espero que agora tenha sido claro.

      Diante disto peço a você que não insista mais neste assunto, pois isto não ajuda em nada e só faz aumentar ainda mais a desinformação, principalmente por você ser o mais ativo de meus leitores.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    4. Olá Marcos!

      Infelizmente tive de bloquear pela primeira vez o seu comentário. Você não tem a mínima ideia do que está falando e não posso permitir que você continue desinformando os meus leitores, já basta as notícias passadas pelos energúmenos do governo que nos obriga quase que diariamente tentar esclarecer as coisas. Peço-lhe que não insista mais nesse assunto e vamos encerrar por aqui.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  2. Bom desculpa me entrometer mais assim, o L75 é um passo importante pro brasil mais precisa ser testado,utilizado e aperfeiçoado como disse Duda, a cooperação chinesa não vejo com maus olhos, logicamente temos que pensar no meio ambiente, mais o Brasil precisa de um empurrão na criação e construção de Lançadores e etc, somos logicamente muito fracos quanto as outras nações, sei que o objetivo do Brasil não é exploração Tripulada, e temos um baixo orçamento e pouca tecnologia, estamos demorando vários anos para construirmos um lançador de médio-porte o VLS-1, mais assim a partir do momento que nossas indústrias começarem a produzir os equipamentos necessários Tivermos nosso lançador de grande porte, já será um grande passo para nós e seremos bem mais independentes, o Brasil mesmo caminhando lentamente vai chegar a esse ponto, já temos o futuro lançamento do VLS-1, temos ciência sem fronteiras espacial e outros estímulos para qualificar profissionais para a área espacial, depois o orçamento precisa ser maior logicamente e vamos caminhando.

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