Segundo a Direção da ACS o Cyclone-4 é Imune à Crise

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (08/03) no Jornal Folha de São Paulo e postado no site da “Força Aérea Brasileira (FAB)” destacando que segundo a direção da mal engenhada empresa Alcântara Cyclone Space (ACS) o foguete tóxico Cyclone-4 é imune à crise.

Duda Falcão

Foguete Binacional é Imune
à Crise, Afirma Empresa

Rafael Garcia
De São Paulo
08/03/2014

O primeiro foguete construído para a empresa binacional ucraniano-brasileira que tenta entrar no mercado de lançamento de satélites está 90% pronto, e sua construção não está sendo afetada pela turbulência política em Kiev, afirma a direção do projeto, com sede em Brasília.

A ACS (Alcântara-Cyclone Space), estatal na qual os governos dos dois países investiram US$ 230 milhões cada um até agora, diz que mantém seu calendário prevendo o lançamento de estreia para 2015, a partir de Alcântara, no Maranhão, "podendo sofrer pequena variação".

"Esse projeto é um projeto de Estado", afirma o brigadeiro Wagner Santilli, chefe de relações corporativas da ACS. "Uma situação política de momento nada tem a ver com isso. O projeto tem uma assinatura entre os dois governos e está indo para a frente."

Segundo a direção da empresa, contatos com engenheiros que produzem o foguete na Ucrânia continuam ocorrendo sem perturbações, e atrasos recentes no projeto se devem apenas a "problemas de reembolso".

A ACS foi criada a partir de um acordo assinado entre os países em 2003 prevendo o lançamento do primeiro foguete –o modelo Cyclone-4, ainda em desenvolvimento–em 2007. O programa sofreu sucessivos atrasos devido a problemas como disputa de terras com comunidades quilombolas de Alcântara e esgotamento de verbas em Kiev.

INVESTIMENTO E LUCRO

Segundo Santilli, as obras da base que abriga a plataforma de lançamento no Maranhão estão 40% prontas.

Questionada pela Folha, a empresa não respondeu quanto investimento ainda será necessário para terminar o projeto. Em 2010, analistas já apontavam que, se ultrapassasse o valor de R$ 1 bilhão, a ACS se tornaria uma empreitada cara demais para obter lucro a curto prazo.

A empresa não arrisca dizer se a turbulência na Ucrânia pode repercutir mal entre futuros clientes. A Ucrânia havia deixado em aberto a possibilidade de transferir ao Brasil a tecnologia dos foguetes, mas nunca cravou um acordo nisso. A reportagem da Folha não conseguiu contatar a contraparte ucraniana da ACS para comentários. 



Fonte: Jornal O Folha de São Paulo via NOTIMP da FAB - http://www.fab.mil.br

Comentários

  1. Só não é imune à incompetência dos parasitas brasileiros que ocupam os cargos públicos diretamente ligados ao projeto.

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    1. Se a Ucrânia realmente for para a área de influência dos americanos/europeus, podem esquecer que haverá transferência de tecnologia de foguetes ao Brasil.
      Mesmo antes dessa crise, já se podia esquecer essa possibilidade, agora, não se pode nem sonhar.

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    2. Caro Ciaio!

      Em momento algum o acordo com a Ucrânia previa transferência de tecnologia, nem mesmo de um simples parafuso. Esqueça isso, o acordo como um todo só beneficia os Ucranianos.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    3. Sem dúvida. A coisa é tão boa para eles que custaram a acreditar no que estavam vendo e a levar o projeto a sério.

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  2. Ah pois sim. Nao tem repercussoes economicas, politicas e nem tecnologicas. Para mim essa parece mais uma daquelas noticias para enganar troxas.

    Agora que a coisa esta na metade, e que ja tinham descoberto que esse Titanic era inviavel, ja estando na metade do percurso, nao vale a pena dizer que o barco esta se afundando. Ficamos nos com uma infra-estrutura de lancamentos... e pronto. Mesmo que chegue ateh ao final da rota essa empresa parece ser um negocio furado. Mas claro... fora isso tudo esta bem.

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  3. Armaria! Tem que mandar benzer o Brasil! Primeiro o satélite cai na China, depois esse negócio com a Ucrânia! Isso ai é macumba da brava!

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  4. Não vou nem me apegar muito ao título no mínimo infeliz do artigo.

    Me preocupam outras vertentes da questão. A essa altura, já não sei se a Ucrânia possui realmente uma indústria de foguetes. Alguém aí sabe dizer quando foi lançado o último foguete realmente fabricado na Ucrânia?

    Pior ainda, é ver um brigadeiro, o Sr. Wagner Santilli afirmar que: "Esse projeto é um projeto de Estado", e mais, saber que a ACS, tem como seu chefe de relações corporativas um brigadeiro (da aeronáutica suponho).

    Mesmo sendo uma empresa que não se pode considerar privada, é bem estranho o envolvimento de militares nesse processo.

    Quero só ver depois como vai ser formado o tal quadro de funcionários próprios da AEB. Se é que chegaremos a ver isso.

    Como bem disse o Duda, esse acordo NUNCA previu transferência de tecnologia. Ele só é benéfico para a Ucrânia, que daria uma sobrevida a um foguete extremamente tóxico, com baixa capacidade de carga que não interessa a mais ninguém no mercado de lançamento de satélites internacional.

    Existem muitas outras alternativas e MUITO melhores que essa. O próprio lançamento dos foguetes Soyuz a partir da base Kourou é um exemplo bem óbvio.

    E já estão prevendo a necessidade de aumento dos gastos nessa aventura insólita para mais de R$ 1 bilhão (dados de 2010). É de se lamentar mais ainda, que num ambiente já muito pouco transparente, um artigo desses venha a provocar mais desinformação ainda...

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  5. O Cyclone-4 (em ucraniano: Циклон-4), ou Tsyklon-4, é um veículo de lançamento descartável ucraniano, de pequeno porte, desenvolvido pelo renomado escritório estatal de engenharia Yuzhnoye Design Bureau, situado na cidade industrial Dnepropetrovsk, Ucrânia.
    Este foguete, que é membro da família de foguetes Tsyklon, foi desenvolvido a partir de seu antecessor Cyclone-3, que era conhecido por sua eficiência, sendo suas únicas falhas devidas ao terceiro estágio. Por isso o Cyclone-4 tem praticamente a mesma constituição do seu antecessor, a não ser pelo último estágio, que foi totalmente reprojetado, para que o índice de falhas chegasse a zero. 2
    O lançamento de satélites, a partir deste foguete, é comercializado pela empresa binacional Alcântara Cyclone Space, que fica situada em Brasília,Brasil.3

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  6. Descrição geral
    Função Veículo Lançador
    Fabricante Yuzhnoye, Yuzhmash, Khartron
    País de origem Ucrânia
    Estado atual Em desenvolvimento
    Local de lançamento Brasil Alcântara
    Rússia Plesetsk
    CazaquistãoBaikonur
    Voo inaugural 2015
    Dimensões
    Altura 40,190 m (41,190 m)
    Diâmetro 3 m (4 m)
    Massa no Lançamento 193 000 kg
    Estágios 3
    Foguetes relacionados
    Família Cyclone
    Comparáveis Cyclone-3, Cyclone-2A
    Capacidade
    LEO (200 km) 5300 kg
    GTO (12 000 km) 1700 kg
    Performance e características
    Primeiro estágio
    Motor RD261
    Empuxo 2643 kN
    Impulso específico 300,3 sec
    Tempo de queima 123 sec
    Combustível/Oxidante UDMH/NTO
    Segundo estágio
    Motor RD261
    Empuxo 941 kN
    Impulso específico 318 sec
    Tempo de queima 160 sec
    Combustível/Oxidante UDMH/NTO
    Terceiro estágio
    Motor RD861K
    Empuxo 7916 kN
    Impulso específico 330,3 sec
    Tempo de queima 373 sec
    Combustível/Oxidante UDMH/NTO

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  7. Locais de lançamento ----- O Cyclone-4 será primariamente lançado do Centro de Lançamento de Alcântara no Brasil. Lançamentos em outros locais, incluindo o Cosmódromo de Baikonur e o Cosmódromo de Plesetsk, também estão planejados.

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  8. Histórico de desenvolvimento ---- O desenvolvimento começou em 2002, com um voo inaugural previsto para 2006. Seguido de um série de atrasos na produção, o lançamento estava previsto para novembro de 2013. O voo inaugural está previsto para 20154 . A Alcântara Cyclone Space foi estabelecida como a provedora de serviços de lançamento para o Cyclone-4.

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