Brasil Investigou Franceses Por Suspeita de Sabotagem, diz Jornal

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada hoje (05/11) no site da revista “VEJA” destacando que o Brasil investigou franceses por suspeita de sabotagem em Alcântara.

Duda Falcão

Arapongas

Brasil Investigou Franceses Por
Suspeita de Sabotagem, diz Jornal

Documento da ABIN revela que agentes da inteligência
francesa foram monitorados por suspeita de envolvimento
no acidente na base de Alcântara, em 2003

05/11/2013 - 07:50

(Agência Espacial Brasileira)
Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão.

O governo brasileiro investigou agentes secretos franceses por suspeita de que eles pudessem estar envolvidos em sabotagem na base de lançamento de satélites de Alcântara, no Maranhão, informa edição desta terça-feira da Folha de S. Paulo. Documento da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) obtido pelo jornal revela pelo menos três ações de contraespionagem contra agentes franceses e seus contatos brasileiros e estrangeiros.

A ABIN também monitorou órgãos ligados à embaixada da França no Brasil. Segundo o documento, o objetivo das ações de espionagem era proteger o setor espacial brasileiro. Ainda de acordo com o jornal, a ABIN cita uma “rede de espionagem” da DGSE (Direção-Geral de Segurança Externa, a agência de inteligência francesa), com atividades no Maranhão e em São Paulo.

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Um francês funcionário da DGSE que se apresentava como Olivier era um dos alvos da espionagem, segundo documento da ABIN, e ele estava na região como professor de kitesurfe. Entre 2002 e 2003, ao menos oito relatórios oficiais foram produzidos sobre as operações de inteligência em Alcântara.

Um ex-funcionário do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) revelou que o governo tinha informações sobre possível atuação de espiões internacionais em Alcântara e, após o acidente de agosto de 2003, que deixou 21 mortos na base de lançamento, a investigação sobre sabotagem prosseguiu.

O governo, porém, não foi capaz de encontrar provas que comprovassem a sabotagem e, oficialmente, a explosão do Veículo Lançador de Satélites (VLS) foi provocada por falhas elétricas e funcionamento antecipado de um dos propulsores do foguete. Procurada pela Folha, a embaixada da França não emitiu comentários sobre o caso.

Alcântara – Em 22 de agosto de 2003, a explosão de um foguete na base de Alcântara provocou a morte de 21 pessoas e a destruição da torre de lançamento no Maranhão. A tragédia esfriou os investimentos brasileiros no setor e fez com que o programa espacial fosse repensado.

O Centro Espacial de Alcântara está em uma posição privilegiada para o lançamento de satélites geoestacionários de comunicação e meteorológicos, os mais visados do mercado de lançamentos. O custo para uma operação de lançamento a partir da lá é 30% menor. Isso ocorre porque a base está próxima do equador, local onde a força de rotação da Terra é mais bem aproveitada para impulsionar os satélites em suas órbitas.

Arapongas – Nesta segunda-feira, veio à tona a revelação que o governo brasileiro espionou diplomatas de três países em suas respectivas embaixadas e residências. Documento oficial da ABIN ao qual a imprensa teve acesso detalha dez operações entre os anos de 2003 e 2004 e mostra que o governo monitorou funcionários de países como Irã e Rússia.


Fonte: Site da Revista VEJA - 05/11/2013

Comentário: Continuo achando que tem algo de muito errado em toda essa história ou estória. É inconcebível imaginar que a imprensa (mídia) tivesse acesso a qualquer agente da ABIN ou qualquer outra organização de contraespionagem do país para confirmar as ações descritas no suposto documento que chegou às mãos do Jornal Folha de São Paulo. Há não ser num caso em que a própria agência ou um agente por iniciativa própria viesse a público se expor. Na realidade leitor, no máximo, a Folha teria acesso a funcionários de escritório da área de gestão e ponto. O anonimato e a discrição são de fundamental importância para a operacionalização de qualquer agente em qualquer parte do mundo, tanto pela questão obvia como também pela questão da segurança pessoal do próprio agente. Não se acha em prateleira de supermercados listas com nomes de agentes, isto não existe, esses homens e mulheres muitas vezes até morrem sem que as suas famílias saibam qual era o seu verdadeiro emprego. Agora, quanto à suposta participação francesa no acidente de Alcântara em 2003, isto pode parecer novidade para revista Veja, mas na realidade pouco tempo depois do acidente, o caso do suposto agente francês foi uma das histórias ou estórias que foram fartamente divulgadas e discutidas na net. Gostaríamos de agradecer ao leitor Israel Pestana pelo envio dessa notícia.

Comentários

  1. Eu não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.

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  2. Discordo de seu comentário Duda. Só para começar a falar da nossa agência de "falta de inteligência", todos que trabalham na ABIN têm seus nomes divulgados no diário oficial, pois prestaram concurso público. A folha assim como qualquer outro jornal com poder aquisitivo pode ter acesso às informações da ABIN porque o brasileiro na sua grande maioria é corruptível. Não duvido que possa ter havido sabotagem, mas a incompetência tanto política quanto técnica é tão grande que não precisamos de sabotagem para algo dar errado. Basta ver as "ações" do governo pra ver como anda esse tal "programa espacial repensado".

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  3. Para completar meu comentário; que espero que não seja deletado. Aqui vão alguns fatos que corroboram com minhas afirmações:

    http://oglobo.globo.com/rio/agente-da-abin-mulher-foram-presos-participando-de-quebra-quebra-9171662

    http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?id=1353387

    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,em-silencio-brasil-exonerou-agente-suspeito-de-passar-dados-para-a-cia-,1090183,0.htm

    http://br.vlex.com/vid/americanos-cooptaram-agente-da-abin-471500426

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    Respostas
    1. Olá Anônimo!

      Normalmente não respondo a pessoas que não se identificam, mas como a minha função é tentar trazer a verdade para os nossos leitores, resolvi responder as suas colocações. Não cometa o mesmo erro de nossa imprensa desinformada que confunde constantemente o macaco com a banana. Funcionário público é uma coisa, e este está sujeito como você disse a ter o nome divulgado no Diário Oficial da União, agente é outra coisa, trabalha em campo e necessita do anonimato para poder atuar sorrateiramente e com segurança, mesmo numa agência não tão competente como ABIN, O fato do funcionário trabalhar em uma das sedes da ABIN não significa que ele seja um agente, e geralmente está ligado a área de gestão ou atua na área de pesquisas de interesse da agência. Agente caro anonimo não tem cara e atua em campo, isso é praxe em qualquer lugar do mundo, pois não existe forma de realizar essa função de outra maneira, seja espionando ou contra-espionando. Inclusive a lista de agentes de uma agência de inteligência é uma das mais desejadas metas de qualquer agência de mundo que atua na contra-espionagem. Quanto as matérias que você enviou é justamente uma prova disso, pois se consideramos que tem veracidade o caso do suposto agente exonerado, há de se notar que em momento algum o nome dele foi citado, a não ser na matéria do casal que está claro que eram na realidades geólogos que atuam na área de pesquisa de interesse da ABIN e não agentes. Bom é isso ai, quanto as outras colocações sobre o VLS, VLM , entre outras, que parece-me também terem sido postadas por você, me abstenho de comentar, pois está claro para mim que não chegaremos a lugar nenhum, sendo uma tremenda perda de tempo.

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  4. Fico feliz em saber que existe gente competente trabalhando na ABIN. Já que o assunto é o acidente com o VLS-1 V03, além da ajuda que eu já solicitei da Presidência da República, eu gostaria que o nosso compatriota anônimo da ABIN também me ajudasse a esclarecer o seguinte fato:

    Mensagem:
    Excelentíssima Presidenta Dilma Rousseff. Venho por meio desta solicitar a V. Exa. que seja investigado pela Polícia Federal se ocorreu o mesmo tipo de interferência elétrica que são vistas nas imagens gravadas no instante do acidente, ocorrido com o VLS-1 V03 em 22 de agosto de 2003, nas imagens gravadas durante as medições da resistência do aterramento realizadas durante o período matutino daquele mesmo dia, pois existe a possibilidade deste acidente ter sido iniciado pela ação da energia elétrica gerada pelo equipamento de medição da resistência elétrica do aterramento na presença da eletricidade estática acumulada nos quatro detonadores AA, AB, DD e DC e seus respectivos pares de fios, conectados duas horas antes do acidente à linha de fogo existente na caixa de relés, sem a os devidos resistores de dissipação da eletricidade estática para o aterramento do veículo, conforme descrito na minha Análise Técnica em http://dallapiazza.wordpress.com/.

    Ficarei muito grato se a ABIN puder de alguma forma colaborar com o meu trabalho de pesquisa, pois eu estou dependendo das informações acima solicitadas à Presidência da República para concluir a minha análise Técnica do Relatório da Investigação do Acidente, ocorrido com o VLS-1 V03.
    Fico no aguardo de uma resposta da ABIN ou do comentarista anônimo da ABIN.
    Atenciosamente
    Eng Henrique Emiliano Leite

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