Agência Brasileira Espionou Funcionários Estrangeiros
Olá leitor!
Segue abaixo uma
matéria publicada hoje (04/11) na no site do jornal “Folha de São Paulo” destacando
que a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) espionou funcionários russos,
iranianos e iraquianos em 2003 e 2004.
Duda Falcão
PODER
Agência
Brasileira Espionou
Funcionários Estrangeiros
ABIN monitorou
diplomatas russos, iranianos e iraquianos em 2003 e 2004
LUCAS FERRAZ
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
04/11/2013
O principal
braço de espionagem do governo brasileiro monitorou diplomatas de três países
estrangeiros em embaixadas e nas suas residências, de acordo com um relatório
produzido pela ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) e obtido pela Folha.
O documento
oferece detalhes sobre dez operações secretas em andamento entre 2003 e 2004 e
mostra que até países dos quais o Brasil procurou se aproximar nos últimos anos,
como a Rússia e o Irã, viraram alvos da ABIN.
Segundo o
relatório, que foi elaborado pelo Departamento de Operações de Inteligência da ABIN,
diplomatas russos envolvidos com negociações de equipamentos militares foram
fotografados e seguidos em suas viagens.
O mesmo foi
feito com funcionários da embaixada do Irã, vigiados para que a ABIN
identificasse seus contatos no Brasil. Os agentes seguiram diplomatas
iraquianos a pé e de carro para fotografá-los e registrar suas atividades na
embaixada e em suas residências, conforme o relatório.
A Folha
entrevistou militares da área de inteligência, agentes, ex-funcionários e
ex-dirigentes da ABIN nas últimas duas semanas para confirmar a veracidade do
conteúdo do documento que obteve. Alguns deles participaram diretamente das
ações.
O Gabinete de
Segurança Institucional da Presidência da República, ao qual a ABIN está
subordinada, reconheceu que as operações foram executadas e afirmou que todas
foram feitas de acordo com a legislação brasileira.
Segundo o governo,
foram operações de contrainteligência, ou seja, com o objetivo de proteger
segredos de interesse do Estado brasileiro.
Nos últimos
meses, o vazamento de documentos obtidos pelo analista americano Edward Snowden
permitiu que o mundo conhecesse detalhes sobre atividades de espionagem dos EUA
em vários países, inclusive no Brasil.
Diante da
revelação de que até suas comunicações com assessores foram monitoradas, a
presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita aos EUA e classificou as
atividades americanas como uma violação à soberania do país.
As operações
descritas no relatório da ABIN têm características modestas, e nem de longe
podem ser comparadas com a sofisticação da estrutura montada pela Agência de
Segurança Nacional americana, a NSA, para monitorar comunicações na internet.
Ainda assim, o
documento mostra que, apesar do que a retórica da presidente poderia sugerir, o
governo brasileiro também não hesita em mobilizar seu braço de espionagem
contra outros países quando identifica ameaças aos interesses brasileiros.
DESCONFIANÇAS
As operações
descritas no relatório ocorreram no início do governo do ex-presidente Lula,
empossado em 2003.
Na operação
"Miucha", de 2003, a ABIN acompanhou a rotina de três diplomatas
russos, incluindo o ex-cônsul-geral no Rio Anatoly Kashuba, que deixou o país
no mesmo ano, e representantes da Rosoboronexport, a agência russa de
exportação de armas.
A ABIN
desconfiava que os funcionários russos estivessem envolvidos com atividades de
espionagem no Brasil.
O brasileiro
Fernando Gianuca Sampaio, cônsul honorário da Rússia em Porto Alegre, também
foi monitorado pelo mesmo motivo. "Sou sim um agente russo, mas um agente
oficial", disse Sampaio à Folha, em tom irônico.
Na operação
"Xá", que monitorou a rotina e os contatos de diplomatas iranianos, a
ABIN seguiu os passos do então embaixador do Irã em Cuba, Seyed Davood Mohseni
Salehi Monfared, durante uma visita ao Brasil, entre os dias 9 e 14 de abril de
2004.
Um agente da ABIN
que examinou o relatório a pedido da Folha afirmou que provavelmente os
iranianos foram vigiados a pedido do serviço secreto de outro país, um tipo de
cooperação usual entre órgãos de inteligência.
O relatório
mostra ainda que o governo brasileiro espionou a embaixada do Iraque após a
invasão do país pelos EUA, em 2003. Na época, muitos diplomatas buscavam
refúgio no Brasil por causa da guerra, e por isso a ABIN foi mobilizada para
segui-los.
O então
encarregado de negócios da embaixada, um dos que foram espionados, largou a
diplomacia para se fixar no Brasil. Ele ganhou residência permanente e vive no
Guará, nos arredores de Brasília.
Fonte: Site do Jornal
Folha de São Paulo - 04/11/2013
Comentário:
Vinha me abstendo de voltar a tocar nesse assunto leitor por não querer dar ibope as supostas ações e discussões protagonizadas através da mídia por esses
populistas hipócritas desse governo desastroso liderado pela presidentA DILMA
ROUSSEFF. Entretanto essa notícia (se verdadeira for) é muito interessante,
sendo um exemplo de como uma agência de inteligência de verdade deve atuar,
apesar de terem sido ações bastante modestas segundo a própria matéria. Aparentemente
o autor do texto não sabe a diferença entre uma ação de espionagem e uma ação
de contraespionagem, pois compara o que foi feito pela Agência de Segurança
Nacional Americana (NSA) com o que foi supostamente realizado pela ABIN no
Brasil. Vale dizer também que ou essa notícia é fantasiosa (se levarmos em conta
os métodos adotados por esses políticos populistas de M.... que temos no nosso
país), ou foi divulgada com a concordância de todos os envolvidos (menos
provável), já que seria um erro estratégico e tremendamente estúpido uma
Agência de Inteligência permitir que seus agentes confirmasse suas ações. Além
do mais leitor, vamos falar sério, como a Folha de São Paulo teve acesso aos
agentes e ex-agentes da ABIN? Essa informação é uma das mais bem guardadas de
qualquer agência de inteligência no mundo, já que os agentes precisam do anonimato
para poderem atuar com segurança e discrição. Em resumo leitor, em minha opinião tem algo de muito errado
nessa notícia, e tem cara de notícia plantada com objetivos políticos.
Comentários
Postar um comentário