Star One C3 Lançado de Kourou

Olá leitor!

Trago agora para você o vídeo do lançamento do foguete Ariane 5 da empresa europeia Ariespace, lançado hoje (10/11), às 21:05 (horário local) da Base de Kourou, na Guina Francesa, com o satélite de telecomunicações brasileiro Star One C3 e o Eutelsat 21B abordo.


Brasileiro? Bom, em minha maneira de ver o Star One C3 é tão brasileiro quanto um 'Canguru'. Se não vejamos: Esse satélite não foi fabricado no Brasil (foi fabricado pela empresa norte-americana Orbital Sciences Corporation), não foi lançado do Brasil, não foi lançado por um foguete brasileiro, a empresa que o controla tem controle acionário mexicano e mesmo assim é taxado pelo governo como satélite brasileiro.

Conceito interessante esse dona DILMA, mas plagiando talvez o nosso mais atuante leitor Marcos Ricardo, eu lhe pergunto: Cadê o meu kit de palhaço?

A verdade leitor é que depois dos governos militares o Programa Espacial Brasileiro não alcançou o desenvolvimento que se esperava devido ao boicote protagonizado por esses energúmenos que militam na classe política brasileira, formada em sua grande maioria por incompetentes, mal intencionados, pessoas sem princípios e motivadas por outros interesses não tão nobres.

Assim sendo, o resultado não poderia ser outro e hoje, 52 anos após iniciarmos nosso programa espacial, somos infelizmente obrigados a acompanhar o nosso Ministro da Ciência Tecnologia demonstrar em seu discurso grande satisfação (satisfação porquê Raupp, você perdeu o juízo?) por essa que é uma total e completa demonstração de incompetência em todos os sentidos, o que realmente me deixa muito triste.

Em resumo leitor, estamos nas mãos dos gringos, e pior, tendo que conviver com esses energúmenos sabe DEUS por mais quanto tempo. Nada mais tenho a acrescentar, mas talvez você leitor possa ter. A palavra é sua.

Aproveito a oportunidade para agradecer aos leitores Heverton e José Ildefonso pelo envio do vídeo desse vergonhoso e triste momento para o Brasil.

Duda Falcão


Fonte: Youtube

Comentários

  1. Enquanto isso no Brasil putênfia... vamos de lançamento de FTB.

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  2. me engana que eu gosto...
    mesmo discurso de dizer que com o Cyclone 4 o Brasil será inserido no seleto grupo de países que dominam a tecnologia de colocar satélites em órbita
    me engana que eu gosto Raupp









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  3. Duda, discordo de você. Esse não é um momento vergonhoso para o Brasil, mas sim para a classe politica brasileira. A Embratel é uma empresa privada, comprou o satélite de uma empresa privada e vai vender os serviços do satélite para empresas privadas. Esse é um momento para celebração, pois mostra a economia do Brasil crescendo a ponto de ser importante para as grandes companhias de telecomunicações. A mão pesada do governo na economia e nas grandes estatais não vai resultar em nada bom, tenho convicção disso. Se a iniciativa privada não se mexer, vamos demorar pra ter um programa espacial completo. O governo é incompetente em não estimular essas empresas.
    Não vejo problema nenhum um satélite servindo o Brasil ser totalmente estrangeiro. O problema está na não capacidade de podermos fazer isso por nós mesmos. Os estrangeiros estão fazendo a parte deles, afinal estamos no capitalismo. Eles que tem o produto, vendem e nós que não temos compramos. Mas porque não podemos ser nós os vendedores desse satélite?
    Esses meus conceitos são difíceis de explicar em texto, mas espero que me entenda.
    Abraço!

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    1. Olá Heventon!

      Não, não lhe entendo e lamento que pense assim. Mas enfim, sua opinião está postada para que participe das discussões sobre o tema.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space

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    2. A Star One é uma empresa brasileira sim, constituída no Brasil, com corpo diretivo brasileiro e funcionários 100% brasileiros. Opera em um mercado altamente competitivo. Para bem atender aos seus clientes (incluindo o Governo), compra tecnologia de satélites de quem for qualificado, dentro de um regime de compras, sempre buscando a melhor solução técnico comercial. Só contrata satélites com tecnologia qualificada em vôo. O fato de ter capital estrangeiro é secundário (capital financeiro não tem nacionalidade). O que importa é que seu capital humano é 100% brasileiro. Com sua equipe de profissionais qualificados tem capacidade de contratar e lançar satélites de comunicações além de operá-los e controlá-los incluindo manobrá-los de forma autônoma, sem qualquer ajuda de estrangeiros. A tecnologia estrangeira que usa é apenas um insumo. Quando houver tecnologia brasileira qualificada esta será mais uma alternativa de insumo.

      Os navios e plataformas que a Petrobrás compra eventualmente no exterior, são considerados de bandeira brasileira. Idem os aviões da TAM e da Gol. Os satélites comprados e lançados pela Star One são de bandeira brasileira pois ocupam posição orbital brasileira, com licença outorgada pelo Governo Brasileiro. Os serviços que eles prestam enseja o recolhimento de impostos ao Governo. O fato de serem fabricados no exterior não os faz deixar de serem brasileiros. Idem navios, plataformas, aviões de caça, aviões comerciais, helicópteros adquiridos e usados pelas demais empresas e entidades governamentais brasileiras para a realização de seus respectivos negócios ou missões.

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    3. Olá Anônimo!

      Se pensas assim, fazer que amigo? Não é atoa que a nossa situação é essa enquanto no resto do mundo, onde a visão é diferente, a situação também é diferente. Enfim, a sua opinião foi postada para discussão.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    4. Concordo em todos os termos com o anonimo e com o Heverton acima. Excelentes colocações.
      A iniciativa privada pode e deve conviver com a iniciativa governamental. A iniciativa privada está circulando capital e fomentando a economia do pais quando oferece mais capacidade satelital. Isso nada impede que o governo atual invista e siga em frente com o SGB, inclusive considerando transferencia de tecnologia e finalmente contruindo no futuro nossos próprios satélites tal como faz a Embraer com seus aviões. sds

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  4. Pessoal,

    Estamos aqui, entre outras coisas, pra debater alternativas para tentar colocar o PEB num rumo (no momento, qualquer rumo, pois mais parece que não tem nenhum).

    Esse é um dos blogs mais interessantes e participativos no pequeno universo dos que tratam desse assunto.

    De forma otimista, nos prestamos a fazer um abaixo assinado para tentar alterar alguns pontos do projeto da ACS. Essa petição angariou apenas 80 assinaturas, então nos damos conta que: os que se interessam por esse assunto nos nossos círculos são muito poucos.

    O que nos resta? Desistir? NÃO! Mudar de estratégia.

    Se conseguíssemos alguns milhares de assinaturas, pode ser. Mas o fato é que somos um grupo pequeno, e como tal devemos agir.

    #refletindo

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    1. Concordo que devemos procurar um estratégia para o baixo-assinado. Podemos até discutir isso no espaço dedicado à construção do baixo assinado.

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  5. "A verdade leitor é que depois dos governos militares o Programa Espacial Brasileiro não alcançou o desenvolvimento que se esperava devido ao boicote protagonizado por esses energúmenos que militam na classe política brasileira, formada em sua grande maioria por incompetentes, mal intencionados, pessoas sem princípios e motivadas por outros interesses não tão nobres."

    Antes de fazer tal afirmação, deve-se ter em conta o que o "glorioso" governo militar causou ao país, em seu 'glorioso' período em que a classe popular foi ao extremo da pobreza, onde o país atingiu os níveis mais altos de concentração de renda, de desigualdade social e miséria, onde o endividamento publico foi ao extremo do absurdo.

    'Corrupção, mas-intenções, pessoas sem princípios e com interesses não nobres',agente vê em todas as áreas e não foram os militares que fugiram a regra. Se achar que massacrar as classes populares para manter privilégios de alguns a troco de empréstimos a juros exorbitantes contratados junto a organismos que nos cobram tal monta até os dias de hoje são "princípios, interesses nobres, boas intenções", então meu amigo, só posso lamentar por um espaço como este apregoar tais valores.

    Enquanto o governo gastava fundos que NÃO TÍNHAMOS, a população era massacrava ganhando uma miséria, salários baixos, trabalhando de sol a sol, morrendo de fome, se amontoando em favelas, altos índices de inflação e você acha que fizemos um bom trabalho? Ainda hoje pagamos a conta das dividas financeiras que não deixa com que possamos investir mais em desenvolvimento educacional e tecnológico, e da divida humana onde não podemos nos orgulhar do nosso desenvolvimento social e humano para alguns se glorificarem de terem avançado no programa espacial?

    Não devemos comparar períodos ditatoriais com períodos democráticos e apontar o governo golpista como se fosse o único a fazer algo certo nessa historia, pois, prefiro mil vezes saber que não temos gente passando fome na extrema pobreza do que gente indo pro espaço se glorificando enquanto outros estão morrendo nos bolsões de miséria.

    Eu apoio o programa espacial, sou a favor de desenvolvimento de tecnologia NACIONAL e implantação desta para o desenvolvimento de TODOS como um todo, e não apenas gastar o que não temos numa área em detrimento de outras tantas que somos deficitários, para mostrar para alguns que somos capazes. Onde alguns podem se vangloriar de terem avançado em tal área enquanto tantos outros não tem o minimo de apoio que tal setor tem.

    Avanços em tal período parece interessante, mas quando vemos o que tem por traz de tal afirmação, agente percebe que não é bem assim, e que não deveríamos comparar tais avanços aeroespaciais num período onde se privilegiou alguns em detrimento de tantos outros e não avançamos nas áreas mais primordiais. Avanço tecnológico e aeroespaciais devem estar de acordo com o que o país investe em áreas básicas e não o que foi feito no período militar, onde os investimentos nas áreas básicas eram ínfimos.

    Devemos sim cobrar do governo pelo fim do contingenciamentos e mais apoio ao programa espacial Brasileiro, mas não devemos comparar um período que privilegiou alguns poucos em detrimento da maioria que não teve incentivo algum para sair da miséria, com o período de hoje. Está tudo certo hoje? Não. Com certeza, não. Mas também não estava melhor no período militar. A não ser pra aqueles que não observam o contexto pelo qual tais avanços aconteceram. Que não foram MUITO NOBRES.

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    1. Olá Anônimo!

      Anotado amigo e postado para discussão. Infelizmente só não foi possível anotar o seu nome.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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    2. Estranho que depois de quase três décadas do fim do regime militar, pessoas ainda imputam aos militares todos os problemas que vivemos atualmente. Eu só vi patriotismo nas Forças Armadas, é claro que naqueles dias, as pessoas que ocupavam cargos importantes estavam no nível requerido para tanto. Basta analisar as obras do PAC, aquelas em que o exército executa, estão dentro do cronograma e dentro do orçamento, bem diferente das demais obras tocadas pelas empreiteiras. No PEB acontece a mesma coisa, esse país está se transformando num hospício, até poucos dias tínhamos quase tudo paralisado por greves injustas do funcionalismo, até a fronteira do Brasil com o Paraguai foi abandonada por conta da greve, isso só pra citar aspecto dos dias atuais, não sei de onde essa pessoa tirou essa conclusões de que a população era massacrada naquele período ditatorial se tínhamos infinitamente menores taxas de homicídios e violência urbana, pagávamos menos impostos, o crescimento econômico atual é irrisória se compararmos com aquele período, se hoje temos produção abundante de comida, deve-se em grande parte à modernização da agricultura brasileira implementada naquela época, a infraestrututa atual é em sua maior parte daquela época, bem como a geração de energia etc.
      Devemos sempre celebrar a liberdade e a democracia, não defendo a ditadura militar, mas, é melhor estudar seriamente a nossa história recente e fazermos uma auto-crítica
      Abraço a todos.

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    3. Simplesmente, não entendo a colocação desse tal Anônimo. Poderia, aliás, se identificar, afinal, estamos aqui num debate aberto, democrático e de muito respeito entre os participantes.
      Bom, como leitor deste blog, em momento algum o blog e seu autor glorificou ou glorifica o Regime Militar. Faz, tão somente, um relato dos fatos históricos e constata, sim, que o PEB teve seu maior desenvolvimento naquele período da história e que minguou muito nos governos posteriores.
      Vamos contextualizar melhor as coisas.

      Abraço.

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    4. Olá Élvio e Léo!

      Noto pelo que vocês disseram que vocês tiveram um melhor entendimento do meu comentário e lhes parabenizo. É verdade, infelizmente nem todos os nossos leitores compartilham de nossas opiniões e idéias (veja o caso da Petição da ACS) e não poderia ser diferente, já que não somos os donos da verdade, mas como o blog "BRAZILIAN SPACE" é um espaço aberto para a liberdade de pensamento, aqui não existe e nunca existirá qualquer tipo de censura. Entretanto, concordo com o que o Élvio disse quanto opção de anonimato adotada pelo leitor em questão.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  6. aqui é casa da ''mãe joana'' fazem oq querem pois sabem que não serão derrubados .. tem a favor rede globo , futebol , carnaval , copa , olimpiada etc...

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  7. Oi Duda,

    Precisava registrar aqui uma opinião sobre a parte o seu artigo que registra: "A verdade leitor é que depois dos governos militares o Programa Espacial Brasileiro não alcançou o desenvolvimento que se esperava devido ao boicote protagonizados por esses energúmenos que militam na classe política brasileira, formada em sua grande maioria por incompetentes, mal intencionados, pessoas sem princípios e motivadas por outros interesses não tão nobres".

    Entendo esse seu registro, como em minha opinião ele deve ser entendido por todos, como o simples registro de um fato histórico. Se isso foi bom ou ruim, as implicações desse fato na situação atual do PEB, são outras questões filosóficas e antropológicas. Eu era muito pequeno (6 anos) para enteder o que se passava em 64, apesar de ter visto pancadarias nas ruas do Rio. Alguns conhecidos que estão na estrada a mais tempo, sofreram tortura e outros tipos de violência, mas não são esses fatos históricos que vão guiar meus pensamentos.

    Quinta feira passada, comprei o livro "Os primórdios da Atividade Espacial na Aeronáutica". Um registro documental dos fatos que marcaram o início da atividade espacial no Brasil. Um registro MUITO interessante de alguém que era "parte do sistema", e por isso mesmo, para ser usado para fins de registros históricos precisa ser "filtrado", ou no mínimo, inserido num determinado contexto.

    Aconselho a quem se propõe a entender para discutir a atual situação, e dos motivos de as coisas estarem nesse situação hoje em dia, a leitura atenta do mesmo.

    Por exemplo: num outro artigo fiz um comentário sem conhecimento dos processos de aquisição das áreas do CLBI e do CLA. Devo declarar agora que: diferente da aquisição da área do CLA, a aquisição da área do CLBI, apesar de não precisar necessariamente, foi feito um processo de identificação do proprietário (Fernando Gomes Pedroza), a ele solicitada a doação da área, o que ocorreu e foi registrado, e em troca aquele patriota recebeu... Uma bela homenagem e um agradecimento, pois não havia verba alguma para isso.

    Fica ai a correção dos fatos históricos, e uma reflexão a mais. Ora, se na época do CLBI (1964 a 1965), tudo foi feito da maneira correta e vivíamos num "regime de exceção" qual a justificativa de tantos arbítreos na aquisição da área do CLA muito depois, já no final da década de 80, quando os nossos queridos políticos já haviam retornado ao poder e tínhamos uma nova constituição? Só lembrando que na época o nosso presidente era o queridíssimo Maranhense José Sarney...

    #refletir

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  8. Olá Marcos!

    Muito bem colocado as suas palavas amigo. Parabéns!

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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