FAB Esclarece Reportagem da Revista ISTOÉ

Olá leitor!

Segue abaixo a nota oficial da Força Aérea Brasileira (FAB) em resposta a matéria “Sob as Asas dos Pais” publicada na edição 2243 da revista ISTOÉ Independente e postada aqui no blog na nota anterior.

Duda Falcão

Nota Oficial

Esclarecimentos Sobre Reportagem
da Revista ISTOÉ (Ed.2243)

02/11/2012 - 18h11

Com relação à reportagem “Sob as asas dos pais” da revista ISTOÉ (Ed 2243), do jornalista Claudio Dantas Sequeira, o Comando da Aeronáutica esclarece que os projetos de modernização, aquisição e desenvolvimento da Força Aérea Brasileira são conduzidos conforme o previsto em Lei.

A legislação atual incentiva a indústria brasileira e tanto a empresa citada na reportagem – criada no Brasil e com sede em Porto Alegre (RS) – quanto toda a indústria nacional de defesa são beneficiadas. O agente público, inclusive, não deve realizar licitação para compra de equipamentos de defesa em caso da possibilidade de comprometimento da segurança nacional, conforme o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), expresso na decisão 806/96-Plenário, com base na Lei 8.666/93.

Ainda assim, a Força Aérea Brasileira se baseia em critérios técnicos, logísticos, industriais, de transferência de tecnologia e de compensação comercial (offset) para a seleção das empresas participantes dos processos de modernização, aquisição e desenvolvimento. Os contratos passam por fiscalização e estão, todos, à disposição dos órgãos de controle.

Estes incentivos legais e investimentos têm como objetivo promover no Brasil a criação de tecnologia nacional na área, com ganhos para a soberania e geração de empregos no país, sem privilegiar, contudo, qualquer empresa específica. Hoje, este setor econômico já movimenta cerca de 3,5 bilhões de dólares anualmente, com projeção para 11,3 bilhões e perspectiva de empregar até 60 mil pessoas em 2030.

Dessa forma, o crescimento da AEL no período de 2003 a 2011 é coerente com o cenário geral e a empresa não recebe nenhuma forma de benefício particular. Cabe lembrar, ainda, que esta ampliação dos negócios das empresas de defesa começou antes mesmo do atual Comandante da Aeronáutica assumir seu cargo em 2007.

A reportagem cita o caso do projeto de modernização das aeronaves C-95 Bandeirante, que terá como resultado elevar a previsão de vida útil de 50 unidades do C-95 para, pelo menos, até 2029. É importante lembrar que este é somente mais um entre vários projetos de modernização de aeronaves e sistema de defesa para a Força Aérea Brasileira. A revitalização dos C-95 acontece em paralelo a iniciativas semelhantes em aviões como o C-130 Hércules, P-3 Orion, F-5 e A-1, todos atualmente em curso.

Essas modernizações acontecem após estudos de viabilidade que consideram fatores como disponibilidade de aeronaves, custos de manutenção, vida útil da estrutura física e emprego operacional, dentre outros, que são discutidos e aprovados pelo Alto-Comando da Aeronáutica. Vale salientar que muitos países ao redor do mundo têm investido em programas semelhantes. A Força Aérea dos Estados Unidos, por exemplo, atualmente realiza modernizações dos seus bombardeiros B-52, que têm mais de 50 anos de serviço, e de caças F-15, da década de 70.

Por fim, o Comando da Aeronáutica reafirma que os contratos com a AEL são realizados dentro da legalidade, assim como os demais processos firmados com todas as empresas que contribuem com os projetos de modernização, aquisição e desenvolvimento da Força Aérea Brasileira. 

Brasília, 2 de novembro de 2012.
Brigadeiro-do-Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica


Fonte: Site da Força Aérea Brasileira (FAB)

Comentário: Bom leitor, está ai a resposta oficial da FAB e agora fica a seu critério.

Comentários

  1. Não acredito neste discurso. Esses generais têm que ser depostos, e tudo isso deve ser devidamente investigado.

    É mister criar-se leis que evitem mais privatizações de empresas estatais sem consentimento do Congresso Nacional, para evitar o trafico de influencias e partidarismos. O país está sobre uma maré negra, pois casos como estão assombrando o país.

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  2. A essa altura, nem sei mais...

    A nossa Aeronáutica mal consegue voar. Os aviões, além de antigos, são sobras das sobras. Alguém concebe ver nos dias de hoje, um País com a importância estratégica do Brasil, "modernizar" um avião civil adaptado para uso militar, que deixou de ser produzido em 1990 para mantê-lo voando até 2029?

    Esses caras realmente tiram "leite de pedra". Assim como o PEB, as questões estratégicas da nossa Aeronáutica, já viraram piada nesses "governos". O projeto FX (3a versão), anda nos mesmo passos que os nossos satélites e lançadores, e já deve estar bem engavetado em algum lugar. Entre promessas e adiamentos, nada de concreto acontece.

    Mas é como eu disse, num País onde os Ministérios servem apenas como moeda de troca, o que esperar? Um diplomata no Ministério da Defesa, será que ele sabe do que estamos falando aqui?

    Boa sorte a todos nós...

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  3. Será que estava na lei aquela carona que o Guga apanhou para fazer um joguinho de tenis? Estava estipulado como evento do FAB? Ou foi um pequeno empréstimo feito pelo aniversariante?

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  4. No meu entender a FAB enrolou e não respondeu em nada a entrevista da ISTO É....

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  5. Nem havia me dado ao trabalho de ler a reportagem, mas lendo agora, nada de novo. Mesmo aqueles bem intencionados, e os que deveriam ser patrióticos por profissão "se rendem ao esquema". Afinal, o exemplo vem de cima...

    Coisas desse tipo, sempre aconteceram, mas eram mais discretos (ou a imprensa mais censurada). Agora, já está comprovado que nada acontece, é o chamado "jogo do ganha ganha", quem vai querer ficar de fora?

    É isso, infelizmente.

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  6. Apesar de toda essa imundície estar mais que exposta para o povo brasileiro e ninguém fazer nada por medo da represaria, o que mais me espanta é ver antigo ladrões declarados e condenado ocupando cargos políticos como senador. Cito inclusivo o caso mais recente, MENSALÂO, o qual teve como condenado o Genoíno e este irá ocupar o cargo do eleito Carlinhos Almeida (Prefeito de São José dos Campos). Palhaça!

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  7. A nota oficial de "esclarecimento", não esclarece nada, pois passa ao largo das reais questões apresentadas na reportagem que foram: o nepotismo e as contratações no mínimo anti éticas de pessoal envolvido com os setores servidos por esta empresa.

    E mais uma vez volto a lembrar. Se a empresa não é mais nacional, não pode receber mais nenhum privilégio na contratação. deveriam abrir concorrência internacional para isso.

    Depois lá no planalto vão dizer que não sabiam de nada, que não foram informados...

    Que lástima!

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  8. Bomm...era óbvio que havia algo de errado com tantas modernizações. agora está ai. uma pena, uma pena, uma pena...
    quem perde é a nação, para o ganho de poucos...infelizmente.

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  9. Acabei de escutar aqui num jornal da TV. O Brasil sofre com R$ 200 BILHÕES por ano em desvios e corrupção em geral.

    Imaginem onde estaríamos se todo esse recurso fosse aplicado em Saúde, Educação, Programa Espacial e coisas do tipo.

    A verdade dói, e dói no nosso bolso.

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