Governo Aumenta Capital da Cyclone Space

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada dia (05/07) no site da “Agência Brasil” destacando que o governo liberou vergonhosamente R$ 135 milhões para o aumento de capital da mal engenhada empresa Alcântara Cyclone Space (ACS).

Duda Falcão

Pesquisa e Inovação

Governo Aumenta Capital da Cyclone Space

Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Edição: Graça Adjuto
05/07/2012 - 11h45

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff assinou decreto ontem (4) autorizando a transferência R$ 135 milhões da União para aumento de capital da Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS).

A empresa é formada pelo Brasil e pela Ucrânia e foi criada para fazer a comercialização e operação de serviços de lançamento utilizando o veículo lançador Cyclone-4, do Centro de Lançamento de Alcântara (MA). O centro é considerado o melhor ponto de lançamento de foguetes por causa da proximidade com a Linha do Equador (economia de até 30% de combustível).

O dinheiro a ser transferido é dos orçamentos públicos deste ano e do ano passado. Conforme o decreto, R$ 50 milhões são do crédito ordinário aberto em favor do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (previsto na Lei nº 12.581/2011) e R$ 85 milhões estavam inscritos em Restos a Pagar (Lei nº 12.595/2012).

O aumento de capital da empresa estava acordado entre o Brasil e a Ucrânia. Segundo o site da Cyclone Space, a ACS foi constituída em agosto de 2006, com investimento inicial de US$ 4,5 milhões de cada país. O tratado original estabelecia que o Brasil e a Ucrânia deveriam compor o capital da empresa até um total de US$ 105 milhões. Em 2008, o teto do capital da empresa passou para US$ 375 milhões.


Fonte: Site da Agência Brasil

Comentário: Essa notícia é uma afronta não só ao PEB, como a área de Ciência Tecnologia e Inovação como um todo, como também toda nação brasileira. Não há recursos para o VLS-1 XVT-01 cumprir seu cronograma em 2012, 20% do orçamento do MCTI foi cortado esse ano e outros 20% no ano passado prejudicando todo setor ciência e tecnologia do país, mas há recursos para aplicar nesse desastroso acordo com a Ucrânia. Isso é um absurdo, inaceitável e a só podia mesmo ser apoiado por esse governo de de..loides. Aliás, é preciso averiguar se a contrapartida ucraniana também está existindo, e se já foi equiparada, pois a conversa quando o menestrel Mercadante era ministro era de que se não houvesse essa equiparação o acordo seria congelado. Plagiando o Boris, Isto é uma vergonha. Gostaríamos de agradecer ao leitor Heverton Coneglian pelo envio dessa matéria.

Comentários

  1. E assim caminha, não sei para onde, o nosso Brasil. Lamentavelmente parasse que tenho razão quando digo que o VLM poderá chegar ao espaço antes do VLS.

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  2. Olá Anônimo!

    Talvez você esteja certo, mas ainda não há indícios disso, já que o projeto do VLS-1 está avançando, não como gostaríamos, é verdade, mas está avançando (veja a nota postada hoje no blog sobre a "Operação Salina"), e o VLM-1 está ainda numa fase inicial de estudos. O VLM-1 só em 2015 ou 2016, e até lá, se o governo tiver compromisso, o voo VLS-1 V04 já terá acontecido.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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    1. Digo isto porque o VLM conta com o investimento, a seriedade e a objetividade dos alemães.Nem é preciso dizer o quanto torço para que as 21 vidas brasileiras perdidas naquele acidente não sejam esquecidas nem tenham sido em vão.

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    2. Olá Anônimo!

      Eu sei amigo, eu entendi, mas é como eu disse, ainda não existe qualquer indício de que isso possa acontecer.

      Abs

      Duda Falcão
      (Blog Brazilian Space)

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  3. Duda, isso é uma vergonha.
    Brasil, um país que nao pertence aos brasileiros, mas de alguns.

    abraços, e melhor sorte para nossa nação.

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  4. Olá Tassio!

    Pois é amigo, e essa é uma clara demonstração que as coisas vão continuar como está, mesmo com o Rauup no MCTI. Não tenho mais nenhuma esperança.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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  5. O Raupp tem crédito até 2014. Acredito que o fato dele querer aproximar a indústria do setor espacial seja pelo fato de que se for somente estatal, um programa desses, com os políticos que temos, jamais andaria. Ainda temos políticos que estão aqui tratando de interesses estrangeiros, pois se vendem pra quem pagar mais. Acredito que o que atrapalha atualmente o VLS não seja mais o orçamento, mas desafios tecnológicos e carência de recursos humanos. Nesse caso, eu acho que o ciências sem fronteiras seja exatamente pra suprir parte disso. Confio na Dilma, mas não confio no Congresso. Se a presidente for fazer tudo que deve ser feito, pode acontecer o que aconteceu com o Fernando Lugo. Lembremos a pressão que o PEB sofre pelo fato do VLS ser sim de uso Dual. Não há problema de ser tecnologia Dual, mas as Potências não querem e os nossos vizinhos tem medo ou despeito. O povo brasileiro nem quer saber o que é tecnologia espacial. Quer saber da novela, do BBB, da final da Libertadores, etc. Um programa espacial, tal como um programa bélico necessita de grande apoio da população. Os EUA e a URSS tiveram tanto desenvolvimento porque era o anseio do povo. Viviam com medo dos inimigos declarados terem o poder de pulverizá-los. Nota-se que nenhum país sem inimigos declarados desenvolve tecnologias desse tipo.

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  6. Caro Anônimo!

    Vocês leitores precisam entender como funciona os bastidores da politica no Brasil. O que o Raupp quer, ou não, só tem valor se não for de encontro aos interesses de seus patrões, ou seja, a Presidente da República. Todo ministério tem duas funções, planejar as ações de sua pasta e executa-las, ponto. O que acontece é que nem sempre o que é planejado, é executado, porque as verbas não são repassadas pelo ministério do Planejamento e da Fazenda. E assim, o ministro da pasta, nesse caso o Raupp, não tem como realizar o que foi planejado. Ele pode recorrer ao Congresso, mas geralmente não tem força política para fazer isso sem o apoio do governo através de sua bancada, e como o governo brecou o seu planejamento, certamente não irá ajudá-lo, entende? Em outras palavras, tanto o poder executivo representado pela presidência da republica, quanto o Congresso, são tudo faria do mesmo saco. Quanto ao VLS-1, a equipe atualmente que está envolvida com seu desenvolvimento é realmente pequena, mas o veículo está pronto e não existe mais qualquer empecilho tecnológico para o seu lançamento, o que existe e falta de dinheiro suficiente para acelerar o processo. Agora, quanto ao desconhecimento do povo em relação aos benefícios da tecnologia espacial, concordo contigo, e é justamente por isso que cabe ao governo tomar a frente e fazer o que tem que ser feito para garantir um melhor futuro para a nossa sociedade. Com relação ao que você disse, sobre a interferência internacional, isso realmente já existiu, mais hoje não existe mais (até porque o mundo mudou), a não ser na forma da proibição de venda de tecnologia críticas, que no caso do VLS-1 já foram solucionadas.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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