Gov. Quer Começar Testes do Novo VLS-1 Ainda Este Ano

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria postada ontem (07/04) no site do jornal “O VALE” destacando que de acordo com o Himilcon de Castro Carvalho, diretor de "Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB)", o governo quer começar os testes do novo VLS-1 ainda esse ano.

Duda Falcão

REGIÃO

Governo Quer Começar Testes
do Novo VLS-1 Ainda Este Ano

Mesmo com corte no orçamento, programa espacial quer
retomar este ano programa de lançador de foguetes do DCTA

Chico Pereira
São José dos Campos
07 de April de 2012 - 03:20


A realização de testes de integração do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) à plataforma de lançamento do Centro de Lançamento de Alcântara (MA) é uma das prioridades deste ano do Programa Espacial Brasileiro, gerenciado pela AEB (Agência Espacial Brasileira).

O novo sítio de lançamento do VLS-1 está praticamente pronto e custou cerca de R$ 40 milhões.

A base foi reconstruída após o incêndio que destruiu a anterior, em agosto de 2003, e que resultou na morte de 21 técnicos e especialistas do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial).

De acordo com Himilcon de Castro Carvalho, diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da AEB, os testes do modelo do novo VLS-1, em desenvolvimento no IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), vinculado ao DCTA, é a fase que antecede o lançamento do veículo para teste em voo, que tem previsão também para este ano ou no próximo.

Testes - Os testes de integração do veículo lançador na Torre Móvel de Integração (lançamento) de Alcântara serão feitos com um mock-up, protótipo em tamanho natural do VLS-1.

Com o protótipo, os técnicos poderão fazer os testes de integração radioelétrica do veiculo à base de lançamento, etapa considerada fundamental para o lançamento real do VLS-1.

A expectativa da agência é que o VLS-1 voará com carga útil até 2015.

Himilcon relatou ainda que outras prioridades do Programa Espacial para este ano são a conclusão e lançamento do CBERS-3 (programa de parceria do Brasil com a China) e o avanço das obras de infraestrutura do sítio da empresa binacional ACS (Alcântara-Cyclone Space), em parceria com a Ucrânia, para os lançamentos do VLS e do foguete ucraniano da família Cyclone-4.

Também estão no cronograma de prioridades da AEB a conclusão da plataforma multimissão e do satélite Amazônia, para monitoramento da floresta, previsto para ser lançado em 2014.

Orçamento - Para este ano, o orçamento da AEB está estimado em R$ 422 milhões. No ano passado, os recursos previstos pelo governo federal para a agência foram de R$ 274,4 milhões, mas o governo limitou o empenho de despesas em R$ 249,5 milhões.

Crítica - Para o Sindicato Nacional dos Servidores Públicos Federais na Área de Ciência e Tecnologia do Setor Aeroespacial, o governo federal precisa tratar com mais prioridade o Programa Espacial.

Na avaliação da entidade, os constantes cortes de verbas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação provocam atrasos nos projetos.

Outro ponto considerado fundamental pela entidade é a reposição de profissionais no DCTA e no INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o braço civil do Programa Espacial Brasileiro.

“Se não houver reposição do pessoal rapidamente, os projetos do programa espacial vão ficar comprometidos”, disse o presidente do sindicato, Ivanil Elisiário.

Ele cita como exemplo a decisão do governo federal de contrata o desenvolvimento de um satélite geoestacionário para comunicações na iniciativa privada.

“É mais fácil comprar um satélite no mercado do que investir em pesquisas e no desenvolvimento de um no INPE”, afirmou o dirigente.

Na avaliação do sindicato, tanto INPE como o DCTA é alvo de esvaziamento, o que pode comprometer o futuro dos dois institutos.


PROGRAMA ESPACIAL

Prioridade

Foguete

Testes de integração do VLS-1 (Veículo Lançador de Foguetes) ao Centro de Lançamento de Alcântara

Voo

Previsão

A previsão é que, após os testes de integração, ocorrerá teste real do VLS em voo, mas sem carga útil

Custo

Sítio

A reconstrução do sítio do VLS, destruído por incêndio custou R$ 40 milhões

Outros

Projetos

Lançamento do satélite CBERS 3, em parceria com a China

Orçamento

Previsão

Orçamento da AEB para este ano é de R$ 422 milhões


Fonte: Site do Jornal “O VALE” - 07/04/2012

Comentário: Ora leitor, essa informação do Sr. Himilcon Carvalho é uma tentativa para esconder a realidades dos fatos. A TMI já está pronta desde o inicio de 2011 ou final de 2010, e os testes de integração do VLS-1 na plataforma de lançamento (TMI) em Alcântara deveriam ter ocorrido ainda no primeiro semestre de 2011, e não ocorreu por causa dos cortes de recursos financeiros aplicados pelo governo DILMA desde o início do ano passado. Esse papo furado é para tentar amenizar as críticas e é preciso dizer para o leitor que para o lançamento do "VLS-1 XVT-01" não existe qualquer impedimento tecnológico para sua realização, e só não vai ocorrer agora em novembro/dezembro de 2012 (como estava planejado) por pura decisão da presidente DILMA e de sua equipe econômica. Note leitor que o vôo do "VLS-1 V04" já ficou para 2015. Uma vergonha. 

Comentários

  1. que mentira! governo usa de falsas "esperanças" para fazer imagem que muito está sendo feito e enrolar mais ainda! o proprio pessoal do IAE ta dizendo que esse ano nao sai mais nada! dizem que a própria equipe está desmotivada e sem confiança no VLS (grandes chances de nao funcionar de novo) e que a maioria tem muito mais empenho nos foguetes de sondagem a exemplo do VS-30/Orion. existe enrolação tanto do governo quanto da gestão do projeto! quando um manda verba o outro devolve com desculpas para justificar, qdo nao há verba o outro culpa o governo.... ta todo mundo com medo do VLS! e assim caminha o Brasil

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  2. Vamos com calma, acho que a Dilma está agindo com sabedoria, ja deu errado uma vez, será que está pronto pra lançar um satélite como esperamos que a base esteja...
    acho que isso deve ser feito com mais calma possível...

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  3. Olá Rodrigo M. Maia!

    Não concordo integralmente com o que o al.mor diz, como por exemplo que exista enrolação da equipe de gestão do projeto, isso não é verdade. Entretanto, existe sim total enrolação do governo DILMA ROUSSEFF e não resta qualquer dúvida quanto a isso. Paciência e sabedoria não são palavras que se aplicam a gestão da DILMA junto ao PEB, muito pelo contrario, desde que ela assumiu só fez boicotar o programa e privilegiar o acordo com a Ucrânia. Uma vergonha que precisa acabar.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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