ELAT/INPE Divulga Novo Levantamento

Olá leitor!

Segue abaixo uma nota postada dia (20/06) no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destacando que o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE divulgou o novo levantamento do número de mortes por raios no Brasil.

Duda Falcão

ELAT/INPE Divulga Novo Levantamento
do Número de Mortes por Raios no Brasil

20/06/2011

O Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) concluiu o levantamento sobre o número de vítimas fatais atingidas por raios no Brasil no ano de 2010. Ao todo foram registradas 89 mortes, número inferior à média registrada entre os anos de 2000 e 2009, que foi de 132 vítimas por ano.

O estado de São Paulo lidera o ranking com 12 mortes, seguido pelo Pará com 8, e Minas Gerais e Tocantins com 7. Em alguns estados houve o registro de apenas uma morte, como é o caso de Rio de Janeiro e Paraná.

Em 2011, dados preliminares apontam que até o momento foram registrados 28 casos de vítimas fatais em todo o país.

Quanto a 2010, o número de homens que morreram é muito superior ao de mulheres, atingindo 82% do total. Quase metade das vítimas é da faixa etária entre 20 e 39 anos. O aumento durante a primavera também foi notável - em 2010, morreram mais pessoas nesta estação (40%) do que no verão (36%). Na primavera a incidência de raios também aumenta, mas em geral a maioria dos casos fatais acontece no verão, época do ano em que mais caem raios no país. Na análise da década (2000-2009), 45% das pessoas morreram durante o verão enquanto 32%, na primavera.

“Em parte este resultado reflete o fato de que as pessoas se preocupam menos com os perigos quando chega esta época do ano (primavera) e se tornam mais conscientes dos cuidados que devem ter com a proximidade do verão, quando então aumentam as tempestades e as notícias sobre mortes e danos causados por raios”, comenta Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT/INPE.

As circunstâncias e regiões em que as pessoas morreram também foram analisadas ao longo da última década. Quase 61% das pessoas foram atingidas na zona rural e 29% das pessoas que morreram no Brasil estavam no Sudeste, região em que a maioria (17%) morreu por estar praticando atividades ligadas à agropecuária. A segunda principal causa foi estar próximo a algum meio de transporte (e não dentro) durante uma tempestade, com 14% do total.

O levantamento evidencia que as circunstâncias em que ocorrem mortes por raios apresentam variações significativas em diferentes regiões do Brasil. “É possível perceber que características de determinadas regiões influenciam os percentuais de mortes por raios. Por exemplo, a atividade agropecuária atinge o maior percentual no Sul, que é a região mais tradicional do país nesta área. Já as regiões Norte e Nordeste apresentam os percentuais mais altos para a circunstância dentro de casa, o que provavelmente indica que muitas casas nesta região são de chão batido, o que as torna muito menos seguras”, diz Osmar.

Também se constatou 20% de mortes devido à circunstância telefone (se refere a telefone com fio ou celular conectado no carregador) no Centro-Oeste – fator quase nulo em outras regiões -, e o maior percentual de mortes no Norte em campos de futebol, quando comparado a outras regiões.

Todas as informações e dados, coletados desde o ano 2000 até 2011, têm como fonte o ELAT/INPE, o Departamento de Informações e Análise Epidemiológica (CGIAE) do Ministério da Saúde, a Defesa Civil, veículos de imprensa e também dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Brasil é um dos poucos países que dispõe de um mapeamento detalhado das circunstâncias das mortes por descargas elétricas atmosféricas, o que pode contribuir significativamente para aperfeiçoar as regras nacionais de proteção contra o fenômeno.



Fonte: Site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

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