1ª Parte de Experimento da UFRN é Finalizada com Éxito

Olá leitor!

Segue abaixo uma interessante matéria publicada dia (28/08/2010) pelo site do “Jornal Tribuna do Norte” destacando que a primeira parte do experimento espacial da “Operação Maracati II” pertencente a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi finalizada com sucesso. Apesar desta matéria já ter mais de dez dias a mesma nos tráz informações muito interessantes e conta com fotos e até um vídeo do lançamento. Confira.

Duda Falcão

Natal

Primeira Parte de Experimento
Espacial da UFRN é
Finalizada com Sucesso

28 de dezembro de 2010 às 16:41

Trinta e quatro pequenas plantas de cana-de-açúcar passaram seis minutos em condições de microgravidade a bordo do foguete brasileiro VSB-30. Esse experimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e outros nove de diferentes instituições do país teve sua primeira parte concluída com sucesso. A carga foi recuperada no mar no mesmo dia do lançamento, 12 de dezembro, e agora está sendo armazenada, para, em fevereiro, ter início os estudos.

Divulgação
Pesquisadores retiraram amostram que
foram lançadas ao espaço

O experimento da UFRN, que teve um custo de R$ 250 mil, simulava condições de estresse nas plantas em microgravidade. A partir desses testes, pode-se agora preparar melhor esse tipo de planta para as condições vivenciadas no Brasil.

Quem explica é a coordenadora do projeto aprovado em 2007, Kátia Scortecci, professora do Departamento de Biologia Celular e Genética da UFRN. “Podemos identificar os mensageiros da condição de estresse. Isso poderia ser similar ao visto em plantações normais e, assim, teríamos condições de fazer a cana-de-açúcar resistente a mudanças climáticas”.

Esse experimento é pioneiro no mundo. No último dia 12 de dezembro, às 12h35, o foguete VSB-30 foi lançado da base de Alcântara no Maranhão. No mesmo dia, às 15h, helicópteros patrulha recuperaram a carga a 95 quilômetros da costa maranhense e agora ela é armazenada a -80ºC aqui em Natal.

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Amostras serão analisadas em
dez instituições de todo o Brasil

“Foi a primeira vez que conseguimos recuperar a carga desse foguete, das duas outras vezes os experimentos das outras pessoas haviam se perdido”, contou o professora Kátia.

A análise da experiência começa em fevereiro e em junho os primeiros resultados devem aparecer e poderão ser aplicados em uma vasta área onde existe este tipo de plantação no Brasil.

De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2008, já existiam 4,5 milhões de hectares dedicados à cana-de-açúcar no país. No mesmo ano, o ministro Carlos Minc já autorizava a expansão em 7 milhões de hectares.

Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a região Sudeste concentra mais de 80% da produção de cana no país. O Rio Grande do Norte tem aumentado a sua produtividade em 10% ao ano e já passa das 3 mil toneladas produzidas anualmente.

Experimento é Apenas a "Ponta do Iceberg"

O presidente do Instituto Nacional de Ciências do Espaço (INESPAÇO), o professor da UFRN José Renan de Medeiros, afirmou que o experimento com a cana-de-açúcar é apenas a ponta do iceberg das demais experiências que estão por vir. “Não vamos parar por aqui. No campo científico, quando etapas são concluídas com sucesso, muitas portas se abrem”, disse Renan.

Ele considerou o projeto da professora Kátia ambicioso e está otimista quanto aos estudos que serão iniciados em fevereiro. “Resultados interessantes vêm por aí”.

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As 34 mudas serão analisadas por
dez universidades do país

Os próximos projetos são relativos ao micro-organismo que ataca o cacau e a bactéria “genuinamente brasileira”. “Já está em andamento o processo para mandarmos ao espaço, o micro-organismo que é uma praga nas plantações de cacau, assim como um estudo mais aprofundado sobre o primeiro genoma brasileiro, a cromo bactérica violácia”.

De acordo com o professor, o procedimento seria semelhante ao aplicado nas plantas de cana. “Veríamos como reagiriam esse organismos e o que poderíamos aprender com isso, para utilizar posteriormente. Na Bahia, onde a plantação de cacau sofre bastante com os ataques, um estudo e os resultados práticos seria de grande ajuda”, contou o professor.

Para ele, projetos ainda mais ambiciosos serão executados no futuro. “Claro que não é do dia para noite, mas, inspirado no sucesso que estamos tendo, pretendemos chegar até a estação espacial internacional”, encerrou Renan.

Confira Vídeo Abaixo:



Fonte: Site do Jornal Tribuna do Norte - 28/12/2010

Comentário: Eu sou um profundo admirador do trabalho que a UFRN, o professor José Renan de Medeiros e o novo Instituto Nacional de Ciências do Espaço (INESPAÇO), presidido pelo próprio professor Medeiros, vem realizando na área de pesquisas espaciais no estado do Rio Grande do Norte. É mais uma clara demonstração da competência existente no país, tanto nas universidades, quanto nos centros de pesquisas do governo instalados no interior de São Paulo. Competência essa que falta nos bastidores de Brasília, onde se encontra além de incompetência, falta de visão, de responsabilidade, de vontade política e tantos outros problemas que se fosse citá-los certamente seria obrigado a escrever um jornal. Parabéns a UFRN, ao INESPAÇO e ao professor Medeiros por demonstrar que com trabalho sério, dinamismo e competência objetivos são alcançados, apesar das dificuldades. Vocês são “Gente que Faz”.

Comentários

  1. Não resta dúvida Antônio. O trabalho que vem sendo feito pelo professor José Renan Medeiros no Rio Grande do Norte através do INESPAÇO é maravilhoso e esteja certo que novas notícias como esta em breve surgirão tendo o INESPAÇO como principal protagonista.

    Abs

    Duda Falcão
    (Blog Brazilian Space)

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