Instituições Firmam Parceria para Estudar Alta Atmosfera

Olá leitor!

Segue abaixo uma notícia postada ontem (04/10) no site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) destacando que o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCT), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT), a Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) e o Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA) firmaram parceria para estudarem a alta atmosfera da Amazônia.

Duda Falcão

Instituições Firmam Parceria para
Estudar a Atmosfera na Amazônia

04/10/2010 - 16:55

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCT) firmou parceira com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCT), com a Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP) e o Centro Universitário Luterano de Manaus (CEULM/ULBRA) para realizar pesquisas na alta atmosfera. O objetivo é avaliar a dinâmica desta região da atmosfera na área que compreende a Amazônia. O estudo é importante para o avanço no conhecimento da região tropical brasileira. Manaus (AM) fica em uma região muito particular da região equatorial.

A parceria é considerada relevante para ampliar o conjunto de equipamentos (sistema de radar, chamado ionossonda e GPS) que a UNIVAP e CEULM operam em Manaus desde 2002. Possibilitará ainda instalar novos equipamentos na reserva ZF-2 do INPA, localizada nas proximidades da BR 174, rodovia que liga Manaus a Boa Vista (RR), uma vez que o equipamento não pode ser instalado na área urbana de Manaus devido a iluminação artificial. A área de estudo varia dos 100 km a 500 km de altitude, região onde muitos satélites operam.

Segundo os especialistas, a pesquisa sobre a dinâmica da alta atmosfera e ionosfera é importante, pois essa região sofre influência direta raios solares que podem interferir nos satélites e vários fenômenos ocorrem nesta região da atmosfera, podendo interferir nas comunicações dos satélites. “A chamada ionosfera interfere na radiocomunicação entre solo e satélites e entre satélites. A comunicação é realizada por meio de ondas eletromagnéticas na faixa de rádio freqüência e a ionosfera em situações extremas pode causar até mesmo perda de comunicação”, explica Paulo Fagundes, professor e pesquisador da UNIVAP.

Outros Fenômenos

Além disso, a pesquisa também analisa a influência de fenômenos das áreas inferiores mais próximas ao solo e a alta atmosfera – como, por exemplo, grandes tempestades – sobre a alta atmosfera causando o que os cientistas chamam de ondas de gravidade. “As perturbações que geram ondas de gravidade na baixa atmosfera são tempestades, frentes frias e ventos orográficos”, enfatiza Alexandre Pimenta, pesquisador do INPE.

Ainda de acordo com os pesquisadores, essas falhas ou “bolhas” na alta atmosfera causam irregularidades e podem interferir no sistema de navegação e GPS.

O pesquisador do INPA, Antônio Manzi, destaca a parceria e diz que os estudos colaboram para ampliar o conhecimento sobre a atmosfera na Amazônia. “A pesquisa tem impacto nas comunicações uma vez que analisa os fenômenos na alta atmosfera o que é muito importante na nossa região”, declarou.


Fonte: Site do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)

Comentários