Brasil Se Prepara para Integrar Constelação de Satélites

Olá leitor!

Segue abaixo uma matéria publicada no site “globo.com” do dia (14/10), destacando que o Brasil se prepara para integrar uma constelação de satélites que vai monitorar as chuvas na Terra.

Duda Falcão

CIÊNCIA - INPE

Brasil Se Prepara para Integrar uma Constelação
de Satélites que Vai Monitorar as Chuvas na Terra

Cesar Baima
14/10/2010

Rio – O Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement, GPM) vai aprimorar programas em curso, produzindo estimativas de chuva a cada 3 horas. Para tanto, já está em negociação com a NASA, a agência espacial dos EUA, e a CNES, a agência espacial francesa, a inclusão de instrumentos das duas instituições em um satélite nacional, batizado GPM-Brasil, que deverá ser lançado até 2015, conta Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

- Há um problema sério na previsão do tempo, principalmente em relação a chuvas intensas, que em zonas urbanas podem provocar desastres - diz Câmara. Com as mudanças climáticas, aumentarão as chuvas de maior intensidade e o Brasil é um país que poderá sofrer muito. Então, para nós é importante ter formas de medir isso, o que poderá levar a uma redução no número de mortes decorrentes de tempestades. Será um projeto de uso direto da sociedade, e não só científico.

“Há um problema sério
na previsão do tempo,
principalmente em
relação a chuvas
intensas, que em
zonas urbanas podem
provocar desastres”

Segundo o diretor do INPE, o GPM-Brasil deverá usar a mesma plataforma do Amazônia 1, satélite de monitoramento de recursos terrestres que deve ser lançado em 2013. Seu desenvolvimento, previsto no Plano Nacional de Atividades Espaciais, tem recursos do orçamento da União.

- O ponto de vista do espaço é único, permite uma cobertura com alta precisão - reforça Michael Freilich, diretor de Ciências da Terra da NASA.

Mas, antes mesmo do Amazônia 1, em novembro do ano que vem o Brasil deverá lançar o CBERS-3, sigla em inglês para Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres. No inicio deste ano, o CBERS-2B, lançado em 2007, apresentou problemas e suas operações foram encerradas antes do previsto.

Mas, graças à cooperação internacional, o país não enfrenta prejuízos nos principais dados que eram monitorados por ele – queimadas, desmatamento e mudanças no uso da terra.


Fonte: Site do Globo.com - 14/10/2010

Comentário: Na realidade leitor essa missão do Satélite GPM-Brasil já consta do Plano Nacional de Atividades Espaciais (PNAE) desde a versão de 2005 como uma das 4 missões espaciais que se utilizarão a Plataforma Multi-Missão (PMM), mais precisamente a quarta e última delas. Ou seja, o Satélite Amazônia 1, o Satélite científico Lattes 1, o satélite radar MAPSAR e o satélite GPM-Brasil. A previsão de lançamento desse satélite em 2015 nas palavras do senhor Gilberto Câmara, como citado na matéria, é bastante improvável, já que a mesma matéria já coloca a previsão de lançamento do satélite Amazônia-1 um ano mais tarde (2013) do anteriormente previsto (2012). Da forma estratégica que o governo brasileiro coordena o PEB, é mais provável que essa missão acabe sendo cancelada, caso não possa cumprir o prazo em tempo de fazer parte desta constelação de satélites. Infelizmente o PEB não tem a devida importância para o governo e os recursos necessários, sejam eles financeiros ou humanos, são escassos e mal aplicados pelos pseudos gestores do programa. Na verdade, nem mesmo a missão do satélite radar MAPSAR tem qualquer segurança se será realmente desenvolvida, e o desenvolvimento do satélite científico Lattes-1 propriamente dito, ainda nem foi iniciado, sem contar o fato de que a PMM que será utilizada pelo satélite Amazônia 1 ainda não está pronta.

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